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«Miguel Alves gasta tanto numa assessoria supérflua», acusa o PSD de Caminha e o presidente refuta as acusações

Câmara Municipal

O PSD de Caminha considera que a informação financeira que lhe foi disponibilizada pela Câmara Municipal  «denuncia situação caótica».  Miguel Alves não gostou e reagiu em declarações exclusivas ao Minho Digital.

Em comunicado, aquela força política acusa Miguel Alves, presidente da autarquia caminhense, de «irresponsabilidade» quanto às contas do município e salienta que «para 40 mil euros de disponibilidades (incomportável para uma Câmara que deveria cumprir e honrar os compromissos com os fornecedores) tem de dívidas, ou seja, de compromissos assumidos e não pagos, mais de 4 milhões de euros».

E, mais uma vez, a alegada promoção da imagem de Miguel Alves é criticada, afirmando que «preferiu gastar dinheiro a promover a sua imagem do que a ajudar as nossas instituições e associações». É neste sentido que a acusação é feita e denunciam que «as assessorias de comunicação e imagem para promover a imagem do Dr. Miguel Alves e pago com dinheiro que pertence  a todos nós: para além do Gabinete de Comunicação da Câmara, contratou logo a seguir às eleições uma nova assessoria de comunicação e imagem e, como se não bastasse, contrata o ano passado quando já negava apoios à população do concelho de Caminha, uma assessoria cujo custo é praticamente igual ao valor das disponibilidades».

Os vereadores do PSD afirmam que é «estranho» que essa mesma assessoria «nunca foi vista no concelho de Caminha» e exigiram um relatório de actividade dessa mesma empresa. No documento citado, e segundo o PSD, fica a saber-se que «o trabalho desenvolvido privilegiou o contacto directo (…) do presidente aos jornalistas permitindo assim a sua participação em programas de grande audiência; através do aumento da notoriedade da instituição e da imagem do presidente; a estratégia desenvolvida pela MIT permitiu gerar uma credibilidade pública que conduziu à presença do presidente da CMC como comentador regular do Jornal 2».

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«Não é justo, nem é correto que se faça este tipo de gestão dando prioridade, nesta situação de asfixia financeira em que nos colocou, à imagem do Sr. Presidente em detrimento da nossa população», criticam os sociais-democratas. E, ainda, reclamam que «Caminha somos todos nós, são as nossas tradições e as nossas paisagens. O concelho de Caminha merece mais!»

 

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«A completa ignorância do PSD»

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É assim que Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha, refuta as acusações do PSD no seu comunicado. Aliás, este edil vai mais longe ao afirmar que «é assustador mas já não surpreende a completa ignorância do PSD relativamente às questões financeiras. O PSD sabe que o cidadão comum não está familiarizado com a linguagem contabilística e aproveitam para lançar umas atoardas sem sentido».

O presidente caminhense, interpelado pelo Minho Digital, interroga-se sobre «o que é que a questão das disponibilidades financeiras a 9 de Fevereiro de 2016 tem a ver com um contrato celebrado em 24 de Abril de 2015?» E prontamente responde: «Nada. Absolutamente nada».

Logo de seguida Miguel Alves explica o que, no seu entender corresponde à realidade e salienta que «é verdade que o Município celebrou um contrato de prestação de serviços para apoio à comunicação. Fê-lo porque o nosso concelho precisa de ser mais divulgado, mais conhecido por todos os portugueses e ter a capacidade para se projectar internacionalmente».

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Quanto ao gasto com esta empresa de assessoria o edil informa que foi no valor de «28 mil euros (IVA incluído) e teve um retorno de 1 milhão de euros em publicidade». E isto, ainda segundo Miguel Alves, porque a empresa prestou contas e apresentou um relatório pormenorizado à Câmara «ao contrário do que acontecia no passado»,  e logo declara ter tentado encontrar «os relatórios dos avençados da Câmara na área da comunicação no mandato anterior, mas parece que não existem, ou não foram entregues ou desapareceram. Só por isso, não posso comparar estas avenças».

No entanto, comparações com o passado existem e o presidente da autarquia caminhense faz questão de as recordar. «Antes , gastava-se uma média de 30 mil euros por ano com avenças para apoio à revisão do PDM que não se fez em 10 anos; agora gastamos pouco mais de 6 mil euros por ano e estamos a acabar o trabalho. Antes gastava-se o triplo em avenças com advogados; agora reduzem-se os custos. Esta é a verdade».

Quanto à acusação do PSD de se ter gasto 90 mil euros com uma avença milionária com advogados por causa do processo do hipermercado Continente, em Vila Praia de Âncora, também Miguel Alves é claro na resposta e afirma que «o autor do processo judicial contra a Câmara é o pai da Presidente do PSD de Caminha e chefe de gabinete da Dr.ª Júlia Paula anos a fio e que a Câmara gastou 2.316,40 euros com a sociedade de advogados que defendeu os interesses do Município e que, por acaso, até pertence a um alto quadro do PSD nacional. Veja a lata que é preciso para se dizer determinadas coisas».

 

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