Novo momento de poesia da autoria de José Verde Pardo, da Galiza.
Pedaço de azul celeste
Fica-te bem esse sorriso de domingo
Pintado de carmim sobre os teus lábios sinuosos
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Fica-te bem esse cabelo desbocado
Essas madeixas de cabelos às cores
Que como meandros silenciosos
Caiem sobre os teus ombros
Sedutores.
Ficam-te bem,
Esses olhos
Que tudo esquadrinham,
E que arrasam tudo o que veem e olham.
(Prepararem-se para estar quietos e não provocar
– Se se movem –
As suas iras e os seus desprezos.)
Eu sinto-me bem, observando-te.
Preparado para ver o voo majestoso de uma águia real,
Ou ouvir toda o tipo de insultos,
Quando algum humano,
Sem a tua autorização,
Te interrompe bruscamente o sono.
Gosto de ver um pedaço de azul celeste,
No meio de tanto pavor,
Vergonha e desenfreio.
De tanto voraz deserto,
A preto e branco.
© José Verde Pardo – 28 de Junho de 2024
– Traduzido por Ana Magalhães