Montalegre ‘ao rubro’ contra a exploração de lítio

Montalegre voltou a encher as ruas, no dia 22 de janeiro, sábado passado, em protesto contra a exploração de lítio naquela região.  

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O atual governo identificou oito zonas para prospeção mineira de lítio, material imprescindível a telemóveis, computadores e à mobilidade elétrica, mas esta exploração está longe de ser pacífica. As principais zonas onde o lítio existe localizam-se na serra de Arga (dividida pelos concelhos de Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo), em Covas do Barroso (Boticas), Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), Guarda, Mangualde e Segura (Idanha-a-Nova). 

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Os ambientalistas alertam para a necessária sustentabilidade ambiental e para os impactos ambientais provocados pela indústria extractivista, que no caso da exploração de lítio, com recurso à extração a céu aberto, tendem a ser muito graves.

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O grande motivo de protesto contra a extração de lítio, por parte das populações, tem a ver com as implicações ambientais da atividade mineira, pelos danos causados na paisagem, pela possibilidade de contaminação de águas, pela exploração de enormes recursos de água e pela previsível degradação do ar nas zonas adjacentes à exploração.  w 

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Montalegre e Serra d´Arga, no norte de Portugal, são duas zonas potenciais para a exploração de lítio, mas as suas populações não aprovam os planos do governo, tendo iniciado, desde há três anos, fortes protestos para travar o avanço deste projeto. Opõem-se ao projeto por acreditarem que a mina não trará benefícios, pelo contrário, pondo fim ao modo como vivem as populações destas zonas. Nestas regiões, as pessoas estão profundamente ligadas às suas terras e aos seus modos de vida, dos quais não querem abdicar. 

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Nesta manifestação juntaram-se centenas de pessoas, de vários Movimentos do país. O Alto Minho marcou presença, tendo sido representado pelo grupo Mulheres em Defesa da Serra d’Arga, pelo movimento SOS Serra d’Arga e pela associação ambientalista COREMA.