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Morreu o capo galego da rede mais perigosa de narcotráfico da Galiza com Quintas de Alvarinho em Monção

Manuel Charlín Gama, o ‘capo di tutti capi’ e patriarca de uma das redes desde sempre mais activa na Galiza morreu aos 89 anos, após não sobreviver a uma queda na sua vivenda em Vilanova de Arosa. w

A longa trajectória criminosa de Charlin começou em 1983 e atá 1985, mas retornou à prisão 2 anos depois.

Nessa altura o galego já se movimentava também por Portugal. Aveiro, Portimão e Setúbal eram locais por ele frequentados em períodos por vezes longos. Na zona do Sado deixou descendência, apesar de ter vários filhos de uma galega. Esta rede funcionava como uma verdadeiro clã familiar em que todos os seus componentes acabariam por andar fugidos da Justiça, mas acabaram detidos. Josefa, a filha mais velha, com um mandado internacional de captura por narcotráfico, acabaria por se detida quando se preparava para fazer uma escritura num Cartório Notarial de Vila Nova de Gaia.

Mas foi a partir de 1990, com a Operação Nécora despoletada pelo superjuiz Baltasar Garzón da Audiencia Nacional em Madrid, que Manuel Charlin Gama começou a ganhar maior notoriedade quando abandonou o contrabando de tabaco e  deu o ‘salto’ para o haxixe.

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A ‘coca’, no entanto, acabou por se a sua opção final. Estávamos no final dos anos 90 quando a Audiencia Nacional o condenou a 20 anos de cadeia pelo transporte de 600 quilos no Strand que tinha ido buscar a droga à Colômbia. Entretanto as autoridades espanholas seguiam-lhe o rasto do dinheiro e foram confiscando Paços, Vivendas, terrenos, contas bancárias de biliões de euros, uma fortuna que o capo chegou alegar por lhe ter saído duas vezes o euromilhões…

É então que o velho patriarca compra quatro quintas de alvarinho em Monção, mas as propriedades depressa foram confiscadas pelas autoridades do país vizinho.

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Outras acusações por operações de tráfico de cocaína, associavam-se a delitos de lavagem de dinheiro, envolvimento no ajuste de contas levado a efeito por sicários colombianos contra Manuel Baúlo, um antigo colaborador de Charlin que resolveu colaborar com a Justiça face ao alegado incumprimento de uma dívida da rede para com ele. Os sul-americanos também não pouparam a mulher de Baúlo que, atravessada por balas, ficou paraplégica.

Os filhos, certamente, saberão continuar o legado de quem tanto veneraram…

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