Município de Vila Nova de Cerveira contesta encerramento parcial do Centro Escolar de Covas

Centro Escolar de Covas

A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira foi surpreendida, a poucas semanas do início de mais um ano letivo, com a intenção manifestada pelo Ministério da Educação de encerrar uma das salas do Centro Escolar de Covas, localizado a 15 kms da sede do concelho.

Para o ano letivo 2015/2016 já estão matriculados 18 alunos, mas, de acordo com a legislação, trata-se de um número insuficiente para manter em funcionamento na íntegra o Centro Escolar da freguesia de Covas. A autarquia já tinha alertado anteriormente para a redução do número de alunos e, com o apoio dos encarregados de educação, procedeu à realização dos contactos necessários para poder resolver a abertura do ano letivo no Centro Escolar de Covas – EB1/JI de S. Sebastião, viabilizando a manutenção e funcionamento de duas turmas do 1.º ciclo.

A proposta do Ministério da Educação consiste em colocar, no próximo ano letivo, os quatro níveis de ensino numa única sala, um grupo de alunos do qual faz parte uma aluna com necessidades educativas especiais e ainda um outro com indicação para avaliação por parte da equipa de Educação Especial.

O executivo cerveirense não aceita a justificação dada pelo Ministério da Educação e os moldes propostos. A vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Aurora Viães, apresenta um conjunto de contra-argumentos, alertando para uma medida prejudicial à aprendizagem das crianças, bem como a falta de condições de opção dos encarregados de educação. “Este ano letivo não estão reunidas condições para o encerramento da sala porque, dado o avançar do tempo, os pais não têm o mesmo tipo de escolha e oferta que tiveram outros encarregados de educação na hora da matrícula”, explica.

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Outro argumento que a autarquia invoca é o facto destas turmas mais reduzidas serem, por vezes, turmas com fracos resultados académicos, o que não é o caso do Centro Escolar de Covas. “A escola de S. Sebastião de Covas é a melhor escola do agrupamento a nível de resultados nacionais e é uma das melhores a nível nacional”, afirma Aurora Viães. “A autarquia entende que a manutenção das duas salas seria um prémio e uma motivação para os próprios alunos e para os professores que ficassem eventualmente colocados nesta escola”, acrescenta.

Outros argumentos apresentados pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e pelo Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira são a difícil acessibilidade e a distância de 15 kms a percorrer até ao Centro Escolar mais próximo, com uma viagem em transportes escolares estimada em cerca de uma hora; e a impossibilidade dos restantes centros escolares do agrupamento acolherem todos os alunos condicionais, uma vez que já têm as turmas completas ou até acima do legalmente determinado.

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A vereadora da autarquia cerveirense afirma que impedir o encerramento parcial do Centro Escolar é uma prioridade do município: “Estamos a falar de um serviço que é um pólo de atração para a população mais jovem e, quantos mais serviços fecharmos nas freguesias do interior, mais contributo estamos a dar para a desertificação dessas freguesias”.

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