Não deixemos morrer a Seiva Trupe!

A companhia de teatro Seiva Trupe foi criada em 1973 por António Reis, Júlio Cardoso e Estrela Novais.

Este ano, um júri Ad hoc criado pela Direção Geral das Artes, da tutela do Ministério da Cultura, embora reconhecendo o cumprimento dos critérios de ilegibilidade e apesar de a ter pontuado favoravelmente, decidiu não apoiar a companhia portuense nos próximos quatro anos no âmbito do concurso de apoios sustentados.

Numa petição online pode ler-se: “se os absurdos vêm de antes, compete agora ao senhor Ministro a responsabilidade e decisão políticas do caso no sentido de o resolver. Seja como no passado presente, resgatando as estruturas elegíveis, seja adotando medidas excecionais para situações excecionais, como o caso da icónica Companhia do Porto e outras de idêntica referência nacional; umas históricas e outras até mais recentes.”

A continuidade da Seiva Trupe é mais um ato de justiça e tem de ser o reconhecimento artístico pelo passado de Serviço Público e pelo presente com que nos últimos 4 anos deu plenas provas de intensa atividade, com a recuperação de sala residente, de públicos e de criação de novos públicos.

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Enfraquecer a Seiva Trupe é também enfraquecer o Porto, como notou o atual diretor da companhia Castro Guedes.

Também o ex-presidente da Câmara Municipal do Porto, Nuno Cardoso, afirmou publicamente que: “Esta é uma situação lamentável! A Cultura é colocada em segundo plano. Depois, e no que diz respeito especificamente à Seiva Trupe, ela é uma referência no País. É uma das primeiras companhias de teatro independente, muito importante aqui no Porto. O Governo terá de, e vai, resolver a situação … é obrigatório!”

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Já em 2016 a companhia O Teatro da Cornucópia, de Luís Miguel Cintra, também criada em 1973, um autêntico alforge de atores e encenadores, foi impedida de continuar a sua atividade devido a um sucessivo corte nos subsídios.

Não permitiremos agora que o mesmo aconteça à Seiva Trupe, pelo Teatro, pela Cultura, pelo Porto, pelo Norte, por Portugal e pela Cidadania!

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