A Festa do Avante vai realizar-se este fim de semana, mas não devia.
José Milhazes mostrou-se indignado com os artistas que aceitaram atuar na Festa do Avante, nomeadamente com uma cantora brasileira que participa em manifestações pelos direitos dos homossexuais.
Uma contradição, já que a Rússia patrocina a festa e é um regime intolerante para quem ousa ser diferente. Uma intolerância quase sempre assassina.
A Festa do Avante não vende bilhetes, mas uma coisa chamada EP (Entrada Permanente), porque segundo o PCP o “bilhete” significa a prestação de um serviço e o EP não é um serviço, é um “título de solidariedade, um compromisso com a cultura e com a alegria”.
O problema é que a posição do PCP em relação à guerra na Ucrânia, ao não condenar o ditador Putin e ao não defender o povo ucraniano, ilegalmente invadido, foi tudo menos um acto de solidariedade.
Não o fazendo, compactuou com a barbárie.
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São já milhares de mortos e milhões de refugiados ucranianos e um país praticamente destruído.
Portanto, quem não comprar este ano EPs e não puser os pés na Festa do Avante está a ser solidário com os ucranianos que estão a lutar, que perderam amigos e familiares, que tiveram que fugir, e a todo o mundo minimamente sensato que está a ajudar a Ucrânia.
E sensato é coisa que o PCP não tem sido, porque está ideologicamente cego para não dizer, dizendo, criminoso.
A Festa do Avante vai realizar-se este fim de semana, mas não devia.
Não devia porque inúmeros países aplicaram à Rússia sanções por causa do que Putin fez e continua a fazer à Ucrânia, Portugal incluído.
O que não se compreende é como essas sanções não são aplicadas também a organizações ou partidos que apoiam o regime russo, como é o caso do PCP e da sua “festa de solidariedade”.
Mas, uma vez que vai ocorrer, compete a cada português que vê, sente e usa a cabeça, não ir à “Festa” como forma de manifestação de solidariedade para com o povo ucraniano.
Uma solidariedade mais do que merecida e um cartão vermelho a quem apoia o terror!