Joaquim João Agre, mais conhecido por Quinjão, criou a Nata de Alvarinho, que será patenteada daqui a pouco tempo. Paralelamente o empresário deseja que alguém jovem dê continuidade ao projecto, que iniciou há três anos por alturas da Festa do Alvarinho e Fumeiro de Melgaço. Este ano vai marcar presença, na Feira do Alvarinho de Monção, de 03 a 05 de Julho, no Campo da Feira.
Com 66 anos trabalha na área de pastelaria desde muito novo. “Esta é uma tradição familiar. Já os meus pais o faziam”, conta. Lamentando que não tenha seguidores na família. “Tenho pena, porque me parece que a geração vai terminar por aqui. De momento não há ninguém para continuar. Eu queria que um jovem seguisse o meu projecto de pastelaria tradicional”.
Depois de várias tentativas lá chegou ao produto final. “Tive de fazer várias experiências para atingir o sabor e a qualidade que pretendia. Fui dando-a a provar a várias pessoas”, explica o pasteleiro, que também dá formação na área. A acidez do Alvarinho dificultou a chegada ao produto final. Embora não queira revelar o “segredo”, manifesta que a base é um folhado normal de “qualidade”; depois o creme é “o tradicional da nata, com o alvarinho” e termina com um creme branco. “O creme superficial valoriza o produto”, assegura.
Defensor dos produtos locais, Quinjão lamenta que não haja mais doces típicos locais. “Temos as roscas e os papudos, mas penso que havia falta de um doce de pastelaria mais refinado”. Essa falha levou-o a desenvolver a Nata de alvarinho, que identifica a região. “É um bolo com uma composição de Alvarinho para associar à terra. É um produto que é nosso, por isso já estou a tratar do seu registo”.
PUBCom página no facebook (Nata do Quinjão), actualmente é possível degustar os produtos na Sandes & Baguetes junto à Misericórdia, mas também no Mira Espanha ao fim de semana. Ou então na próxima Feira do Alvarinho, onde marcará presença.
