Nome grande do trail running prepara Campeonato do Mundo na serra de Soajo

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Fiona Hayvice. O nome pode não dizer muito à maioria dos leitores, mas esta atleta neozelandesa, especialista em corridas de ultra-trail, arrebatou em 2016, a consagrada prova da Tarawera Ultramaratona. É uma das corredoras que vão participar no VI Campeonato do Mundo de Trail Running, cuja corrida se realiza no próximo dia 29 de outubro, na área do único Parque Nacional.

A atleta iniciou, no dia 14 de outubro, um estágio de preparação em Soajo. Atual quinta classificada do ranking mundial, que abrange 12 corridas (das quais são contabilizados, para efeitos classificativos, apenas os três melhores registos individuais), Fiona Hayvice, que já venceu a corrida disputada na Nova Zelândia e obteve um segundo lugar na Austrália, aspira aos lugares do pódio.

Em entrevista ao Minho Digital, a simpática ultramaratonista disse que foi “recebida de forma calorosa em Soajo”, localidade que escolheu por, “estrategicamente, ficar no centro da corrida”, a qual tem um “traçado equilibrado, com sítios bons e outros maus”. Sendo uma prova de grande nível de dificuldade, a preparação é “quase toda ela feita em montanha”, conta.

Apesar de os patrocinadores custearem as despesas, Fiona Hayvice não é profissional deste desporto, pois a vida é feita de “outras corridas”. É comerciante de mobílias na Nova Zelândia.

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Quem é Fiona Hayvice

. Idade: 40 anos.

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. Estado civil: casada (mãe de um menino, de quatro anos).

. Nacionalidade: neozelandesa.

. Título principal: campeã do mundo na prova de Tarawera Ultramaratona (2016).

 

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Oito perguntas a Fiona Hayvice

“A minha preparação é quase toda feita em montanha”

Minho Digital (MD) – O que é o trail running?

É uma modalidade gerida por uma associação internacional. É uma corrida de médio e longo curso, por regra, de grande nível de dificuldade.

MD – Que preparação faz para uma ultramaratona?

A minha preparação é quase toda ela feita em montanha, segundo o plano do meu treinador. Em média, treino-me cinco horas por dia nos fins de semana e cerca de três horas nos dias úteis.

MD – Quais os objetivos para a corrida de 29 de outubro? Ganhar?

Sim (risos)… Bem, o principal objetivo de qualquer corredor/corredora é começar e acabar a prova.

MD – Que dificuldades é que espera encontrar? Por que razão escolheu Soajo para esta fase de preparação?

A corrida apresenta um percurso equilibrado, tem sítios bons e outros maus. Escolhi Soajo porque esta localidade fica colocada, estrategicamente, no centro da corrida.

MD – Em que moldes é que se disputa o Campeonato do Mundo de Trail Running?

A competição tem 12 corridas, das quais, para o ranking, só contam as três melhores prestações. Até agora, ganhei uma das corridas na Nova Zelândia, fui segunda classificada na prova disputada na Austrália e fui oitava na Suíça. Neste momento, encontro-me em quinto lugar na classificação geral, mas está quase tudo ainda por decidir.

MD – É profissional do trail running?

Não. Apesar de ter patrocinadores que custeiam o calçado e o restante equipamento, não consigo viver do trail running. Sou comerciante de mobílias, feitas localmente (Nova Zelândia). De resto, até há algum tempo, só havia duas pessoas que viviam deste desporto.

MD – Como é que é fazer estas provas longe da família?

A minha família está do meu lado. O meu marido apoia-me em tudo.

MD – O que é que pensas de Soajo?

Fui muito bem recebida por todos em Soajo, terra muito bonita. As pessoas são calorosas. Espero cá voltar futuramente, nessa altura, com a minha família, especialmente o meu filho.

 

 

 

 

 

 

 

 

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