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Nos 40 anos da Diocese de Viana… os 40 anos da nomeação do primeiro Vigário Geral, o Cónego Carlos Pinheiro

Vai celebrar-se o aniversário natalício de D. Carlos Pinheiro, nascido a 30 de Maio de 1925, à beira mar, em Vila Praia de Âncora. Desde esse dia, embalado nos braços de seus pais, sr. José Maria e Dª. Carlota Joaquina, foi sentindo que um outro Menino nascera para a todos conceder a felicidade. O “segue-me” proferido pelo Mestre junto do mar da Galileia fez eco também no mar de Vila Praia de Âncora.

Texto: Pe. Paulo Emanuel Martins Dias

Saindo da sua terra e albergando as suas gentes em seu coração, por onde passava transmitia a alegria de sentir-se chamado a viver do amor, fosse em Viana do Castelo ou em Braga. É impossível calar aquilo que deve ser anunciado “em cima dos telhados” e por isso, aos 25 anos é director da revista dos Seminários de Braga, “Cenáculo”, sempre zeloso pelo lema que norteia a publicação e a sua vida: plus ultra”.

O ano de 1953, dois anos após a sua ordenação presbiteral, fica marcado pela chegada do Reverendo sr. Padre Carlos Pinheiro a terras de Ponte de Lima. Todas as suas acções de prior, arcipreste, provedor, director, presidente, professor, fundador, restaurador… podem resumir-se no lema que um dia mais tarde escolheria para o seu programa episcopal: “eis que venho”. Veio para fazer a vontade de quem o enviou, do Pastor Bom que o fortaleceu e que viera “para nos fazer felizes”.

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Muitas das palavras do Papa Bento XVI aos Bispos de Portugal, proferidas a 13 de Maio em Fátima, no ano em que morreu este terno pastor, estão inscritas na vida deste apóstolo de Dume: «Neste Ano Sacerdotal que está para concluir, redescobri, amados Irmãos, a paternidade episcopal sobretudo para com o vosso clero.» Senti isso de Sua Excelência Reverendíssima nos anos na Militia Sanctae Mariae, de quem sou capelão de devoção e ele foi Prelado de honra. Sempre próximo e amigo: sempre pai! É isso que se espera de um Padre e de um Bispo: que dê vida e se preciso for “a sua vida pelos amigos”, mas muito mais pelos seus filhos! A vida do senhor Dom Carlos diz isso mesmo: foi ordenado Bispo no dia 28 de Abril de 1985, data em que nos dias de hoje se celebra Santa Joana Beretta Molla, padroeira da Associação Famílias.

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Não me alongo mais, mas tanto que há para dizer. Continuava o Papa Bento na referida mensagem: «Antes de terminar, queria pedir-vos, na vossa qualidade de presidentes e ministros da caridade na Igreja, para revigorardes em vós e ao vosso redor os sentimentos de misericórdia e compaixão capazes de corresponder às situações de graves carências sociais». Fica o exemplo de quem, nos dias quentes dos gritos de miséria em Timor foi capaz de se desfazer da sua cruz peitoral de Bispo para mitigar a fome de pão do povo maubere. Disse e diz o Papa aos Bispos e também a D. Carlos «é muito louvável o esforço que fazeis por ajudar dioceses mais necessitadas, sobretudo dos países lusófonos».

A Diocese de Viana do Castelo está a celebrar a sua idade adulta: completou 40 anos no passado mês de novembro. Os mesmos 40 anos celebram-se este ano 2018 da nomeação do (então) Cónego Carlos Pinheiro Vigário Geral, Juiz do Tribunal Eclesiástico e Presidente da Comissão de Arte e Cultura por D. Júlio Tavares Rebimbas, primeiro Bispo de Viana do Castelo.

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No dia seguinte ao chumbo da despenalização da eutanásia no parlamento (no qual os leigos tiveram um papel muito importante), lembramos a atividade apostólica intensa de D. Carlos Pinheiro, o Pastor próximo das ovelhas, que foi um dos pilares e parte do alicerce para a construção da Diocese que hoje somos. Continua o Papa aos bispos na sua visita apostólica a Fátima: «Na verdade, os tempos que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja, solidário com a complexa transformação do mundo. Há necessidade de verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo nos meios humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo: políticos, intelectuais, profissionais da comunicação que professam e promovem uma proposta mono-cultural com menosprezo pela dimensão religiosa e contemplativa da vida. Em tais âmbitos, não faltam crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã. Entretanto, amados Irmãos, aqueles que lá defendem com coragem um pensamento católico vigoroso e fiel ao Magistério continuem a receber o vosso estímulo e palavra esclarecedora para, como leigos, viverem a liberdade cristã.»

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