“O Assalto” de Nuno Melo

O Deputado Centrista Nuno Melo escreveu um artigo no Jornal de Notícias que intitulou de “O Assalto” no qual se insurge contra as nomeações deste governo, baseadas segundo ele em critérios partidários.
O Dr. Nuno Melo fala bem e tem razão, só não tem é moral para o dizer, porque o CDS fez o mesmo quando foi governo. Um caso em que vi de perto a ingerência partidária foi o que aconteceu num pequeno concelho do Alto Minho, onde o seu partido pretendia estabelecer um feudo. O deputado e vereador centrista Abel Batista, com a ajuda do Secretário de Estado do CDS João Casanova de Almeida, queriam que fosse o seu partido a escolher a direção do Agrupamento de Escolas de Monção, sem olharem a consequências, prejudicando os alunos e o funcionamento da escola durante 3 anos letivos consecutivos, no “assalto” que intentaram às Escolas de Monção.

Não basta ter razão no que se diz; é necessário ter Moral para o escrever, caso contrário soa apenas à “dança das cadeiras” a que infelizmente assistimos sempre que há mudança de governo.
Das boas práticas da nossa tradição religiosa consta o perdão para os arrependidos. Caso o deputado Nuno Melo queira dar real valor às suas palavras, expurgue o seu passado, mostre-se arrependido pelo seu partido, faça aqui a sua confissão, insurja-se contra os atos passados dos Centristas e partam todos em penitência. Só depois passará a ser credível, caso contrário parece que está apenas a defender “o seu bando” e não está genuinamente a pretender a transparência dos processos de concurso/nomeação.

Fazem falta pessoas que defendam genuínamente ideias e princípios, independentemente das circunstâncias e mesmo que tenham de o fazer em desfavor dos grupos a que pertencem.

Nota: Solicito ao Diretor do Minho Digital que publique este artigo, que eu já tinha registado como comentário no JN mas infelizmente todos os comentários a Nuno Melo foram eliminados/censurados nesse diário.

geral@minhodigital.pt
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