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‘O BOTEQUIM’ comemorou 1º Aniversário com duo musical brasileiro de topo

O Botequim

No dia 25 de Janeiro o restaurante ‘O Botequim’, na Areosa, Viana do Castelo, comemorou em grande o seu 1º aniversário, apesar de anteriormente ter estado na própria cidade. Agora com novas instalações, com uma localização fantástica virada ao mar, uma ampla esplanada e parque de estacionamento privativo, o casal luso-brasileiro Angela e Jorge Ribeiro, os gerentes, têm razões e argumentos gastronómicos para confiar num futuro promissor nesta casa de restauração que já é hoje uma referência no Alto Minho.

Apostando essencialmente na comida brasileira https://www.minhodigital.com/news/o-botequim-uma-catedral-na , o BOTEQUIM, nesta data especial de aniversário, quis presentear os seus clientes com música do outro lado do Atlântico e trouxe o conhecido duo Iuri Matias (violão e viola) e Denize Machado (voz).

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O Minho Digital esteve presente e assistiu a uma noite de ambiente fabuloso, muito agradável, com a habitual qualidade de petiscos e a refeição propriamente dita, tudo ‘regado’ com o já mítico vinho Quinta da Torre da Quintela de Ponte da Barca http://www.vinhoverde.pt/pt/onde-esta-a-sua-marca-preferida/brand/13873

Uma casa cheia e – disso nos apercebemos – pessoas que não fizeram a reserva e, como tal não tinham lugar, acabaram por levar para casa as suas preferências já que o restaurante tem a funcionar diariamente um sistema de takeaway.

 

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Antes do início da agradável noite que se iria proporcionar, estivemos à fala com os músicos.

 

Minho Digital (MD) – Sabemos que são uns músicos de topo. Pode adiantar-nos alguma coisa?

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Músico Iuri Matias (IM) – (sorrisos) Nós tocámos com a Gabi Buarte, carioca, cantautora, que veio a Portugal e fez vários concertos. E eu estive com ela nos concertos que realizou no Porto.

 

MD – Estamos a falar de que ano?

IM – Estamos a falar em 2016. Em 2017 com a Camila Reis, outra compositora do Maranhão. E o ano passado tive o privilégio de participar no Festival de Guitarras na Ilha do Sal, em Cabo Verde, que foi onde eu conheci o Mestre Armando Tito que é um dos guitarristas mais importantes da história de Cabo Verde. Tocou muitos anos com a Cesária Évora, nas digressões dela, por todo o mundo. Esse Festival foi muito importante, tocamos juntos.

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MD – Tocas só violão, não é?

IM – Violão, guitarra, sim.

 

MD – Instrumentos que são mais aplicados na Bossa Nova. Certo?

IM – Sim, sim! São instrumentos muito comuns na Bossa Nova, no Samba, na música brasileira em geral. O violão, o único sítio no mundo onde recebe esse nome é mesmo no Brasil. No resto do mundo ele é chamado de guitarra. Mas sim, são os instrumentos que eu toco. Violão, guitarra elétrica. Mas em paralelo também trabalho com a produção musical e direção. Hoje aqui, nós vamos fazer um cancioneiro com músicas típicas e populares do Brasil. É um repertório que o pessoal gosta muito. Temos interpretações muito particulares, muito nossas, do universo da música brasileira, passando pelo samba, pelo rock, pelo reggae. A música brasileira tem essas facetas todas.

 

MD – Mas o que é que vos trouxe desta vez a Portugal? Uma tournée? Ou viveis cá em Portugal?

IM – Eu vivo aqui em Portugal. Vim fazer Mestrado em musicologia na Universidade de Aveiro. Estou a viver mais no Porto. Quando cheguei fiz os meus contactos no Porto, comecei a conhecer os músicos de lá, conheci a Belise, e daí eu ter mudado para o Porto. Acho o Porto uma cidade muito linda. Fui muito bem acolhido em Aveiro. Portugal, em geral, é um país muito acolhedor.

 

MD – Nós gostamos muito dos brasileiros. E mais das brasileiras (risos).

IM – Nós também gostamos bastante dos portugueses, e das portuguesas (risos).

 

MD – Em termos musicais o Brasil é mais receptivo? Ou seja, o povo brasileiro é mais divertido, menos introvertido. Não notaste essa diferença?

IM – Não. Eu vejo que no Brasil nós temos uma diversidade musical absurda porque é um país do tamanho dum Continente. Mas também percebo que nós temos pouca educação cultural. Produzimos muita música, muita cultura, mas consome-se pouco. O consumo está aquém da produção. Há uma produção muito grande, de produção muito boa, que não é tão consumida no Brasil. Mas com o avance tecnológico tem modificado um pouco. Hoje em dia, as rádios estão muito viciadas. Por isso, eu procuro encontrar variedade musical na tecnologia. Na internet, no streaming, gosto sempre de conhecer coisas novas. Eu sou um apaixonado pela música do mundo todo.

 

MD – Em Portugal, que música é que gostas?  

IM – Aqui em Portugal fascina-me a música de “rancho”. Mas essa não gosto de sentar e ouvir. Gosto sim de estar presente quando tenho a oportunidade. Mas aquilo que eu chamo de música popular portuguesa gosto muito, por exemplo, de Fausto, Bordalo Dias, Sérgio Godinho, João Loio… Foram todos eles a quem eu tive acesso em anos passados, quando trabalhei com um produtor português, e foi ele quem me deu a conhecer esta música portuguesa que para mim é incrível. E que acho que é uma pena que não seja tão tocada

MD – Se alguém quiser contactar-te para algum espetáculo, como é que te procura?

IM – Atualmente os veículos que eu tenho utilizado são Facebook, onde as pessoas podem ter acesso à minha página. O site, ainda estou a trabalhar nisso. Mas no Facebook podem encontrar toda a informação: agenda, quem eu sou, de onde venho.

 

MD – E o nome dessa página é…

IM – O nome é Iuri Matias. Vai encontrar no Facebook e no Youtube. https://www.facebook.com/iury.matias.3

 

Seguiu-se Denize Machado que é a vocalista, com um timbre de voz cativante, nota-se que o cantar lhe está no sangue pela naturalidade com que o faz, sem esforço.

 

MD – A Denize é portuguesa. Como é que conheceu e começou esta ligação ao Iuri?

Denize Machado (DM) – Nós conhecemo-nos na noite do Porto. Eu também sou do Porto. Sou luso-brasileira. O meu pai é de Maceió e veio para Portugal há muitos anos para jogar futebol. Chegou https://www.facebook.com/iury.matias.3a jogar no FCP.

 

MD – Como se chama o seu pai?

DM – Jaide! Jogou no Porto no ano 1977/78. Então ele veio para cá e a ligação com a música brasileira vem daí. O meu pai, quando deixou de ser futebolista, virou músico (autodidata) percussionista, e daí a música ter estado sempre muito presente em nossa casa. Principalmente a música brasileira. Mas quando eu comecei o meu percurso musical foi com uma banda de música pop portuense que na altura se chamava Drsax. Entrei para essa banda no ano de 1998. Eles tinham gravado um trabalho anterior com uma cantora chamada Gilda, que teve algum sucesso, e em 1998 (tinha 18 anos), e profissionalmente na música foi o meu primeiro encontro.   

 

MD – Tocavam música de que género?

DM – Era música dance (disco), pop, tudo em português. Mas realmente as minhas influências em casa, apesar de também ouvir música americana, foi a música brasileira. Esteve sempre muito presente na minha vida. E por obra do destino, vamos dizer assim, eu entrei num projeto de percussão brasileira que se chama Batucada Radical. E como eu sempre gostei de cantar e tinha experiência na área, o meu mestre da batucada começou a sugerir que eu fosse cantar umas músicas e eu, timidamente, comecei a ir mais pelo repertório brasileiro. Neste momento estou com vários projetos e todos eles ligados à música brasileira. E aqui estamos com o Carapim. O nosso repertório baseia-se dentro da música popular brasileira e também buscamos muitos clássicos da Bossa Nova. Fora disto faço parte da Orquestra Bamba Social, uma orquestra só de samba. É muito engraçado, todo o meu trabalho neste momento está ligado ao outro lado do Oceano, ao Brasil. Mas que em mim é natural porque desde sempre vivi nesse registo e nesse ambiente.

 

Em poucos minutos a sala encheu. The show must go on!

Links interessantes:

https://www.facebook.com/carapimoficial

https://www.facebook.com/iurymatiasoficial

https://m.facebook.com/profile.php?id=1387625391479202&ref=content_filter

 

 

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