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“O conhecimento é a chave do progresso”, disse o ministro da Ciência em visita aos Arcos de Valdevez

“Vale a pena investir no conhecimento e prova disso é que o projeto coletivo de desenvolvimento desta região, sobretudo centrada nos Arcos de Valdevez, transformou-se muito positivamente com mais conhecimento.” Foi debaixo deste estímulo que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, visitou, no passado dia 22 de abril, a In.Cubo, onde vincou o papel do conhecimento para o desenvolvimento económico. A iniciativa realizou-se no âmbito do projeto ‘Cidades e Regiões com Conhecimento’ que aquele Ministério está a promover no território nacional.

Na visita-relâmpago a Arcos de Valdevez, que começou no centro de investigação e prototipagem multinacional da Acco Brands, que se dedica a equipamentos de escritório, a comitiva ficou a conhecer um centro que ocupa nove técnicos, que, além dos projetos de desenvolvimento, são, ainda, “responsáveis pela conceção, prototipagem e os necessários testes de validação”, segundo explicou Mário Ventura. Neste momento, com base em parcerias, estão em fase de estudo alguns projetos, ligados a unidades industriais (com incorporação da vertente eletrónica) e ao desenvolvimento de uma nova geração de trituradoras.

No roteiro entrou, depois, a Fórmula d’Avó, na área de engenharia alimentar, que, no presente, tem como grande “desafio científico reformular as sobremesas para, sem tirar o sabor, aumentar a durabilidade e melhorar as suas qualidades nutricionais”, segundo disse Manuel Mota. Recorde-se que, da filosofia de melhorar os sabores da pastelaria, nasceu, há alguns anos, a Egglicious.

Seguiu-se a visita ao laboratório Fab.Lab Alto Minho, uma ferramenta tecnológica de apoio a empresas, investigadores, centros de I&D e instituições em geral. Trata-se de um laboratório de prototipagem digital que, segundo explicou João Rodrigues, propicia a produção de protótipos e funciona como um motor de empreendedorismo para criar negócios.

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A sessão pública – que se seguiu à degustação do cabaz de produtos Sabores do Vez – incluiu a apresentação de uma diversificada mostra de projetos em áreas como a saúde e o desporto, a ciência e a tecnologia, a gestão de negócios e o empreendedorismo em meio rural, tendo ficado espelhado “o papel crucial do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), em conjugação com o poder local e as agências de financiamento, para a valorização do território”, conforme constatou o ministro Manuel Heitor.

“A lição que hoje daqui tiramos”, reforçou o governante, “é que uma região com conhecimento faz-se densificando a região, e para a densificar é necessário atrair (mais) pessoas com talento e fazer um esforço coletivo, como ficou demonstrado nestas seis sumárias apresentações” (de Pedro Bezerra, Luís Graça, Manuel Ribeiro, Luísa Neves, João Paulo Vieito e Jorge Miranda).

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De resto, para promover a criatividade, a inovação, a competitividade e o desenvolvimento sustentável, assim como aumentar a capacidade de aprendizagem em rede, com o alto patrocínio de Manuel Heitor, foi assinado um contrato de adesão da In.Cubo à Associação FabLabs Portugal, representadas por João Manuel Esteves e Horácio Pina Prata, respetivamente.

Com os olhos postos na investigação, no desenvolvimento e na inovação, o edil João Manuel Esteves, para “fixar e atrair jovens”, exortou o governante a concretizar um centro de apoio tecnológico, “tendo em vista a disseminação do processo de formação”, devidamente equipado para gerar produtos e serviços para a indústria.

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O presidente da Câmara Municipal, no âmbito da anunciada Plataforma Padre Himalaya, aproveitou, ainda, o ensejo para solicitar ao ministro apoio para a produção de conteúdos à volta dos temas que o precursor de Cendufe investigou em áreas como as energias renováveis, o ambiente, a saúde, a botânica, a ciência aplicada, a ecocidadania e a gastronomia.

No papel de anfitrião, o coordenador-geral da In.Cubo – centro de incubação que acolhe 24 empresas e 112 pessoas – frisou que a instituição “desempenha um papel importante ao nível do desenvolvimento local”, pois encerra uma “grande proximidade relativamente às empresas” sediadas nos parques de Paçô, Tabaçô/Souto e Padreiro, onde, ao todo, 56 unidades dão trabalho a 2254 pessoas, envolvendo um volume anual de negócios de 340 milhões de euros.

A moderar a sessão, o presidente do IPVC, Rui Teixeira, comprometeu-se com o “desenvolvimento da região” e com a “qualidade de vida das pessoas”, “transportando o conhecimento da instituição” a que preside para o “bem-estar socioeconómico do território”.

Em jeito de síntese, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Jorge Nunes, salientou que “a disseminação do conhecimento pelos territórios de baixa densidade, a partir de instituições do ensino superior como o IPVC, é um pilar fundamental e estruturante para corrigir assimetrias, criar riqueza e fixar população.”

 

 

 

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