Editorial

O DEVER CUMPRIDO
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Manso Preto

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O MINHO DIGITAL, desde a primeira hora, não mais largou o ‘Caso Agrupamento das Escolas de Monção’. Em boa hora o fizemos!

Vem isto a propósito de hoje uma pessoa contar-me da dificuldade, a quase impossibilidade que a comunidade escolar tinha em conseguir que algum órgão de comunicação social noticiasse o que se estava a passar nestes 3 anos de lutas pela reposição da normalidade no Agrupamento. Até que aparecemos nós …

Não conseguimos ouvir quem tínhamos de ouvir. Alguns não apareceram aos encontros que concordaram, outros não responderam aos nossos e-mails, aos ‘pedidos’ por interpostas pessoas para que acedessem em falar connosco. Não atendiam as nossas chamadas telefónicas.

Posteriormente, uns tantos viriam a acusar-nos de sectarismo mas, depois de ouvidas as nossas explicações, acabaram por compreender. Investigámos até onde pudemos. Escrevemos aquilo que podíamos escrever e avançámos com documentos autênticos ‘fechados a sete chaves’ nos gabinetes da administração ou nas ‘gavetas’ de alguns políticos. Só quem não nos conhece poderia acreditar que esses documentos revelados em 1ª mão seriam ‘montagens’, falsos, e por isso, a acontecer sujeitos a processos judiciais, ao descrédito profissional e enquanto pessoas dignas caso tivéssemos recorrido a essa ‘habilidade’. Alguns não se lembraram de, um dia, os terem enviado a colegas de bancada. Sempre acontece essa estranha amnésia quando o tema não lhes serve novos propósitos.

Semana a semana fomos revelando o que conseguimos descobrir e fizemos disso notícia. Com independência, rigor, objectividade. Quando era caso disso, no local próprio do jornal transmitimos a nossa opinião. Opinião sim, mas com visibilidade suficiente para não levar os leitores ao engano. Não nos competia a nós cuidar da ‘imagem’ de quem quer que fosse, como também não nos movia dizer mal só pelo mal.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Somos jornalistas. Não somos mais um gabinete de imprensa e muito menos caixa de ressonância de qualquer poder.

Com o decorrer do tempo, este jornal regional que ainda vai na 20ª edição, começou a ser lido com mais atenção. Por leitores e colegas. Outros jornais mas de âmbito nacional começaram a citar-nos, como por exemplo o ‘Público’ que nos colocou em 1ª página nas edições digital e de papel. Rádios e televisões nacionais passaram a ver-nos como fonte de trabalhos que elaboraram. Outros noticiavam, mas escondiam a origem da informação. Para nós a inveja não é recíproca. O ‘caso’ de Monção alcançou outra dimensão.

Um jornal é coisa pública, não se presta a confidências. No entanto, perdoem-nos os leitores este desabafo, este atrevimento se assim o entenderem.

Porque, para nós, com humildade o afirmamos: que melhor recompensa poderíamos ter que a do Dever cumprido?

https://www.youtube.com/watch?v=lnX9NwhoUws#t=297

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