Editorial

O inferno vem à posse de Trump

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Esta frase, este título não é meu!

Ouvi ou li algures, esta frase bombástica, que causou um eco em mim, impossível de esquecer.

No mundo de hoje, muitos são os que acreditam no céu, mas fazem questão de ignorar a eventual existência do inferno.

O problema é que se há um céu, tem de haver um inferno.

Tem de haver sempre um equilíbrio.

O dia e a noite, o branco e o preto, o alto e o baixo, a luz e a sombra  etc.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Porquê?

Porque é esta a regra geral da existência do Universo?…..

As várias culturas, religiões, filosofias e traduções bíblicas, podem indicar um sentido ou explicação para esta e outras questões.

Na minha modesta opinião, o céu o purgatório e o inferno, são estados de espírito/alma, após a morte real de um corpo.

Resumindo, as Escritura não dizem qual é localização geológica,  ou cosmológica do inferno, nem do céu. O inferno nesta óptica, é um lugar literal de tormento real, mas não sabemos onde se encontra.

As representações gráficas, pinturas e desenhos, a representação através da  música, do teatro, da literatura sobre o inferno, passam sempre, pela noção da existência, de um fogo intenso, constante, incontrolável e eterno.

Foi por essa razão, que a frase supra citada, produziu esta reacção em mim.

É que realmente através das imagens tremendas dos fogos incontroláveis nos Estados Unidos, antes da tomada de posse de Trump, parece quase um prenúncio de eventuais catástrofes.

Os moradores lesados, dessas zonas faziam lembrar, os filmes pós-apocalipse. Tudo destruído e cinzento, um cenário Dantesco.

As pessoas olhavam para todo o lado, sem ver, sem ouvir nem perceber o que se estava a passar, lembrando os autênticos zombies.

Os fogos desceram a montanha, devoraram  tudo e todos, e o oceano não salvou ninguém.

Vimos a destruição de casas ao longo do mar. O mar interditado, pelo exagero de materiais tóxicos e detritos.

O ar irrespirável. O céu negro de fumo. O horizonte em fogo. Choviam cinzas. As imagens eram chocantes.

Cerca de  300 mil pessoas ficaram sem electricidade, quase 200 mil foram evacuadas.

A água da torneira poderá estar contaminada.

Vimos bairros inteiros destruídos.

Encontram-se restos humanos  calcinados.

Pessoas vagueando entre os escombros, parecia “Uma zona de guerra.”

Pacific Palisades era uma das zonas mais privilegiadas do mundo.

Assim como outras destruídas; Santa Mónica, Malibu, Altadena, Pasadena, Bel Air, Sunset Boulevard, Hollywood.

Os nomes destas zonas é associado à fama, ao estrelato e ao dinheiro.

A uma ideia de América “great again”! Um lugar onde se podia tomar um café, e de repente ver um actor, ou actriz famosa a sair de um carro de luxo. Era o “glamour”. Era o “must”.

Era a zona chique.

Continua a haver muito dinheiro, a entrar nos cofres federais, dos Estados Unidos, através da venda de armas.

Mas será só necessário dinheiro, para resolver esta tragédia ?

Entretanto a expressão “desastre natural”, surgia com cada vez mais força, trazendo para o debate a questão das alterações climáticas.

O cientista norte americano Swain,  explica que a razão desta catástrofe se deve a “uma oscilação cada vez mais rápida entre extremos climáticos, aquilo que em inglês se chama “whiplash weather”, a chicotada do tempo entre dilúvios e secas.

Factores estes, que associados a ventos ciclónicos, (os pólos estarem a derreter, tem impacto nos ventos), completam o quadro.

Importante também, o facto de estas residências, estarem repletas de materiais inflamáveis, derivados do petróleo.

Ou seja Trump e o novo governo dos Estados Unidos, vai ter de aceitar a afirmação, de que não existe um planeta B.

E que  a forma como vivemos, o que comemos e vestimos, como nos deslocamos, influencia o ambiente e o clima.

Todos os combustíveis fósseis que continuam a ser queimados, são prejudiciais.

Todos os milionários que continuam a viver disso, são irresponsáveis.

Um paraíso onde viviam muitos desses milionários, ou de quem os influencia, tem agora uma ideia do inferno.

Hollywood está a ver o filme de terror das nossas vidas, se não pararmos já.

O que vamos fazer com isto?

No dia dia 20 sai Biden, entra Trump.

Donald Trump assume-se como um negacionista, afirmando que não acredita nas alterações climáticas.

Mas, acredita em anúncios sobre o  inferno.

Ele prometeu “um inferno ” se os reféns do Hamas, não fossem libertados até à sua posse na Casa Branca.

No entanto não deixa de ser “irónico” que o inferno, de facto, tenha aparecido, mas na costa Oeste dos Estados Unidos da América, e para dizer: não há planeta B. Porque é isso que aquele paraíso queimado diz.”

Infelizmente para o mundo inteiro, se não existir uma mudança séria de comportamentos, com atitudes benéficas a curto e a longo prazo, aquele inferno ou outro, como em Valência, vai repetir-se noutras zonas do ainda planeta A.

E todas aquelas casas serão as nossas casas, e aquelas colinas as nossas colinas, e aquela água a nossa água, e aqueles mortos e desaparecidos, serão os nossos.

Eu não gosto nada destas coincidências, quase sempre oportunas, que destroem o planeta e matam tantas pessoas inocentes, por esse mundo fora.

Mas que os infernos a que temos assistido ultimamente, matam e destroem, ou através dos dilúvios, ou através dos fogos, revelam uma verdade e uma realidade inquestionável.

 

4 comentários

  1. Trump é um homem.
    E acho que não tem dúvidas, ele.
    Não admito, além de nascer masculino ou feminino.
    Está no segundo mandato.
    Tem experiência do primeiro.
    Tem dupla responsabilidade: USA e o resto do planeta Terra.
    USA, tem a sua missão, como Pátria, dos naturais e …
    Apoia o resto do planeta Terra.
    Mas há mais potências…
    Ele deve ser estadista americano e … o que for certo, para dar apoio.
    USA não são pais…
    Pensem nisso habitantes do extra USA.
    Basta

  2. Sem dúvida!
    Esperemos que assuma em pleno, a dupla responsabilidade para com o planeta Terra.

  3. José Cachadinha,
    Camilo tinha 101 amigos, na saúde. Ficou com 1, na doença.
    Eu não sei quantos amigos tinha na saúde, sei que, cada vez que tinha um percalço, algo mudava, a meu favor e contra mim.
    É a luta por cá estar.
    Nós já trocámos palavras, e estou aqui avdar atenção ao que escreveu.
    Fui Admitido a Pós-graduação.
    Sou AP.
    O ter obtido habilitações não mudou o simples candemilense.
    Quem me leu, aqui, concluiu que sou Admitido a Pós-graduação, ou que sou um modesto leitor como o AMIGO, para mim é, e que gostou de trocar palavras, ideias, opiniões, consigo.
    Podemos continuar amigos e a trocar palavras?

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