FÁBULA DO LIVBRO DE ISOPO
Fabulista grego – Por Dilva Frazão – Biblioteconomista e professora
Biografia de Esopo
Esopo (séc. VI a.C) foi um fabulista grego que teria vivido na Grécia antiga. Figura supostamente lendária, passou para a história como o primeiro criador de fábulas.
Segundo uma biografia egípcia do século I a.C., Esopo teria nascido provavelmente na região de Trácia, onde hoje se localiza a Turquia, por volta do ano 550 a.C.
Segundo a lenda, ele teria sido vendido como escravo, em Samos, a um filósofo que posteriormente lhe teria concedido alforria.
Na mesma época, Plutarco afirmou que Esopo teria sido conselheiro de Creso, rei da Lídia, e que costumava contar histórias sobre animais das quais extraía uma moral.
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Viajou pelo mundo, tendo passado pelo Oriente Médio, Egito e Babilônia, o que teria enriquecido o gênero que inventou.
Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, onde os animais desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral, ou seja, eles tomavam o lugar dos homens e viviam os seus dramas comuns.
Esopo tornou-se célebre por suas fábulas, que chegaram até nós, em número de 40, e são conhecidas hoje em todas as literaturas.
Demétrio de Falero, no século IV a.C., redigiu em prosa a primeira coletânea de fábulas atribuídas a Esopo. Mais tarde, no século I da Era Cristã, um escravo liberto chamado Fedro, escreveu em latim diversos livros de fábulas que imitavam as de Esopo e se tornaram igualmente célebres.
A coleção de Esopo era lida no século V em Atenas, uma das épocas de maior efervescência cultural grega. Seus escritos faziam parte da tradição oral, assim como as obras de Homero, por isso, só foram reunidas e escritas depois de 200 anos.
Os fabulistas medievais fizeram uso das fábulas de Esopo. O monge bizantino e humanista do século XIV Maximus Planudes, revisou as fábulas, que até então eram atribuídas a monges bizantinos por conta do teor das estórias, semelhantes ao teor moral dos evangelhos bíblicos.
Esopo inspirou muitos poetas medievais. As suas coleções de fábulas também influenciaram La Fontaine, escritor e fabulista francês.
Entre os títulos mais famosos figuram:
- A Raposa e as Uvas
- A Lebre e a Tartaruga
- A Cigarra e a Formiga
- O Lobo e o Cordeiro
- O Cachorro e o Hortelão
- O Leão e o Rato
- As Rãs Que Pediam Rei
- A Rã e o Boi
- Os Viajantes e o Urso
- A Raposa e o Corvo
Frases de Esopo
- Unidos venceremos. Divididos, cairemos.
- Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade.
- Nenhum gesto de amizade, por muito insignificante que seja, é desperdiçado.
- O amor constrói, a violência arruína.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Não se deve contar com o ovo quando ele está dentro da Galinha.
Em torno da morte de Esopo surgiram várias lendas, uma delas diz que ele teria falecido em Delfos, lançado de um precipício sob a acusação de sacrilégio.
PUBO LOBO E O CORDEIRO
Recontada por Antônio J C da Cunha
Um lobo encontrou um cordeiro afastado do rebanho, ficou um pouco incomodado por tirar a vida de uma criatura tão indefesa, então pensou em alguma desculpa para o comer, foi até o cordeiro e disse:
– “Encontrei você, ano passado você me insultou grosseiramente.”
Respondeu o cordeiro:
– “Impossível senhor, pois eu não havia nascido.”
Disse o lobo:
– “Bem, você está comendo dos meus pastos.”
Respondeu o cordeiro:
– “Mas eu nunca comi erva.”
Continuou o lobo:
– “Mas está bebendo dos meus rios.”
Respondeu o cordeiro:
– “Na verdade senhor, nunca bebi nada além do leite da minha mãe.”
Então finalmente o lobo disse:
– “De qualquer forma, eu não vou embora sem o meu jantar.”
O lobo saltou sobre o cordeiro e devorou-o sem mais delongas.
Moral da história: Não há desculpas para a necessidade.
Todavia, entenda-se, ser esta fábula , a moral do lobo (dos animais). Os seres humanos não devem desprezar o principio da honestidade para que a justiça seja plena e formadora de civilidade e do caracter O respeito à confiança, deve ser o principal conteúdo do princípio à moralidade.
Antônio J C da Cunha – Duque de Caxias / Rio de Janeiro.
Natural da Freguesia de Geraz do Minho(Lugar de Guichomar) –
Concelho da Póvoa de Lanhoso –
Realizada com subsídios colhidos da Enciclopédia Walkepídia (Internet)-
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4 comentários
Gratidão, pelo Sr. compartilhar sua sabedoria conosco. Deus te abençoe ?
Nosso querido amigo, Antônio JCCUNHA, sempre nos brindando com boas culturas. É verdade! Bem, muitos criam razões para tomar as suas decisões, o momento forjam qual o caminho que iremos trilhar, e as necessidades é na maioria das vezes o principal fator , só que os que foram criados no bojo da verdade,da ética,da moral , do amor e da solidariedade, tende sempre a seguir pela correção dos seus atos. Já os que não tiveram a verdade como um exemplo a ser seguido, esses querem satisfazer os seus escusos extintos. Os lobos em muitos casos vem em forma de Humano, mas, são só travestidos. Antônio, essas fábulas são um grande retrato do ocorre na humanidade, e veja que as controvérsias elas milenares e a sociedade através dos séculos nada aprendem. Abraços
Uma viagem através de doces fábulas.
Uma inspiração que leva através do tempo.
Parabéns meu Mestre Antonio por tanta inspiração.
Você faz a gente viajar no tempo.
Antonio Joaquim mostra a sua criatividade e acerta na anotação da moral da fábula: o lobo “joga conversa fora” pois o que o impulsiona é a necessidade de sua sobrevivência. Ele é carnívoro, alimento de origem vegetal só para “tira-gosto” ou em caso de extremo infortúnio. Não dá para humanizar o que é visto na cadeia alimentar dos animais.