Editorial

O MUNDO ANIMAL
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Manso Preto

Manso Preto

Director / Editor

Os animais vivem em luta constante, uns contra os outros. Por isso, a natureza deu a todos eles meios com os quais se defendem. Há animais que se defendem com os chifres (touro e veado, entre outros); os dentes (a onça, o cão); as patas traseiras (o cavalo, o burro); a cauda (crocodilo); a tromba (elefante); a cor com que mudam (camaleão)…

Certos animais entendem-se por meio de uivos e guinchos. Outra espécie há (humana) que, nos tempos das redes sociais, a elas recorrem para, muitas vezes em perfis próprios, outos falsos, destilarem raiva quando se sentem atingidos por factos indesmentíveis, documentados publicamente.

O homem é o único elemento da natureza que tem o dom da palavra e da escrita, mesmo que mitigadas perante a confrangedora falta de argumentos sérios desses imberbes…

Mas dessas outras espécies estamos cheios: transbordam e passeiam-se como pavões pelas ruas, por alguns ambientes sociais em busca de maior visibilidade, pelas repartições olhando para os utentes e seus contribuintes de cima para baixo, caem do céu, sobem da terra.

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É uma invasão: como animais que se defendem com o mau cheiro que exalam, mas que a prudência e educação me aconselham o silêncio. Mas usam e abusam dessa ‘arma’ que pensam eficaz e que, pelos vistos, parece ser premiada neste país feito ‘Corte’ de arrivistas, avençados, subsidio-dependentes, amedrontados ou inconsolados que esbracejam pelo receio de perdas de influência e mordomias de outrora. Atrevo-me a sugerir que os estrategas bélicos incluíssem esse importante meio de defesa/ataque entre as nobres armas que zelam pela Pátria.

Depois há, ainda, os animais que comunicam através de guinchos e uivos. Volta e meia recebo alguns telefonemas desses animais. Com ameaças, insultos, recados ou mensagens subliminares.

Animais que para sobreviverem precisam da força e da estéril tranquilidade que só a imbecilidade dá e sustém.

Mas também há homens que, mesmo discordando de mim, aceitam pontos de vista ou estilos diferentes. Porque só o homem tem o dom da palavra – repito.

E é através da palavra, é pronunciando-a clara e corajosamente, sem medo, que podemos a eles nos unir contra todos os animais que para sobreviverem exalam mau cheiro, mudam de feitio e cor, usam chifres e patas. Manipulam, sentem-se manipulados (mas não se importam) pelo chefe da tribo, desde que este lhes faça chegar habilidosamente uns (muitos) ‘cobres’ em ajustados fundos… 

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