Se há coisas que muito orgulham os nossos emigrantes espalhados por todo o mundo, onde são reconhecidos como trabalhadores e gente solidária e de paz, são as vitórias desportivas do país que um dia tiveram de abandonar em busca de melhores condições de vida.
O futebol, especialmente, tem essa magia e o Europeu é disso exemplo.
Seja em Paris ou noutro estádio qualquer, os nossos compatriotas que ali residem fazem questão de acompanhar a Selecção; mas também da Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e de outros países limítrofes, chegam milhares para partilharem de um dia que seja para estarem presentes, assistirem a 90 minutos de futebol no estádio, enquanto aqueles que não conseguiram bilhetes enchem com as cores verde e vermelha os cafés e esplanadas por onde se pode seguir tudo pelos canais televisivos.
É vê-los contentes perante os repórteres, numa euforia incontida, com um estado de espírito que diz muito do seu orgulho em afirmarem-se ‘tugas’!
Somos assim! Um povo extraordinário! Que sofre, que sabe o que significa essa palavra ‘saudade’ que não tem tradução porque transmite sentimentos únicos que nos correm nas veias, de geração em geração, há séculos.
Que a sorte permita que eles possam ver os nossos jogadores a erguer o ‘caneco’ na final!
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E nós, por cá, neste pequeno torrão lusitano, os esperaremos no aeroporto, a desfilar por essas avenidas apinhadas de gente com a nossa bandeira ao peito ou expostas nas varandas das casas, a darem-nos a alegria e esperança de que, pelo menos durante um dia, uma manhã, tarde ou noite que seja, nos possamos sentir felizes, orgulhosos.
Sem pensar nas geringonças ou caranguejolas que nos ensombraram as vidas, cá por mim aposto, agora, numa participação avassaladora nas eleições europeias que se avizinham. Numa Europa em convulsão, como parece não haver memória, chegou a altura dos nossos compatriotas – todos eles – demonstrarem o quanto sabem do valor da Liberdade!