Editorial

O PATRIOTISMO
Damião Cunha Velho

Damião Cunha Velho

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Damião Cunha Velho

Jornalista

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O que é o patriotismo ou ser-se patriota?

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GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Será o apego incondicional a um país?

Se é, é irracional.

Porque temos que amar incondicionalmente um país só pela simples razão de termos nascido nele?!

Um país ou uma terra que não nos trata da melhor forma e até nos obriga a sair dele ou dela em busca de melhores condições de vida!

Parece que a racionalidade não é para aqui chamada.

 

Para Fernando Pessoa, a pátria era a língua portuguesa e para Jorge Semprúm, era a linguagem.

Curioso é perceber que Fernando Pessoa pouco se importava que invadissem Portugal desde que não perturbassem a sua língua.

Também curioso é perceber que Jorge Semprúm gostava de falar para multidões, de não ter nacionalidade, do triunfo do homem público, internacional no fundo.

Estes dois escritores, visto por este prisma, até parecem que eram tudo menos patriotas.

 

Não sei.

Sei apenas que é uma coisa que se sente e não se explica muito bem.

Digo isto, porque muitas vezes lamento não ter nascido nas Seychelles e não num país que tem inverno. E muito inverno em muitos aspetos.

Saúde, trabalho, educação, justiça…

 

Nunca apreciei o regionalismo ou o nacionalismo. Sinto-me um internacionalista porque hoje vivemos num mundo sem fronteiras, com problemas globais e cuja solução passa por assumirmos como nosso país o planeta Terra.

Para mim, é esse o caminho.

 

No entanto, emocionei-me quando o Éder marcou aquele golo à França, que nos deu o título de Campeões Europeus de Futebol.

Mesmo não sendo eu, um apreciador de futebol.

 

Há tempos, senti uma coisa parecida quando nas notícias vi que um grupo de cientistas, portugueses e estrangeiros, liderados por um português da Universidade de Lisboa, que descobriu uma forma de retardar a doença de Alzheimer.

 

Estamos no Inverno, com dias pequenos e noites longas.

Será nostalgia ou patriotismo?

 

Dei por mim a sentir o mesmo quando ouvi há dias, ao fim da tarde, a senhora Christine Lagarde a citar Fernando Pessoa nas comemorações dos 175 anos do Banco de Portugal.

“Trago comigo as feridas de todas as batalhas que evitei”.

 

Como disse é uma coisa que não se explica.

Sente-se!

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