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«Opiniões de segunda» desacomodam Ponte da Barca

Opinioes de segunda

Projeto inovador, irreverente e louvável levado a cabo pelos estudante da Escola Secundária de Ponte da Barca tem, ainda, uma  componente solidária. A receita obtida pela venda do livro reverterá – na íntegra- para subsidiar os estudos de crianças em Moçambique através da Associação Helpo.

 

“Os jovens têm a capacidade de nos desacomodar”, foram estas as primeiras palavras do Ministro da Educação, Tiago Brandão, na apresentação pública do livro «Opiniões de Segunda» realizada na passada sexta-feira, dia 30 de maio, nas instalações do complexo escolar. Os testemunhos dos jovens que se podem rever nesta coletânea possuem tanto de claro como de sinceros. E a todos nos faz pensar que realmente os jovens têm muito a dizer e os de Ponte da Barca, ainda mais, sendo donos dum espírito e pensamento muito críticos e certeiros.

 

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Sara Arezes, Presidente da Associação de Estudantes e uma das impulsionadoras do projeto revela que “este nosso projeto começou no mês de novembro. Tivemos a iniciativa de criar uma rubrica semanal. Um espaço onde os alunos pudessem, efetivamente, escrever para a comunidade escolar e não só. Difundíamos então os textos semanalmente (à segunda-feira) não só na escola, mas também nas redes sociais, e isto tomou tamanha proporção e o feedback foi tão positivo, que decidimos mais tarde fazer uma coletânea. Começou por ser um projeto muito embrionário, mas depois, com os esforços do professor Louro, e de todos nesta escola conseguimos efetivamente, consolidar um livro. Falámos também com o Nelson Cerqueira que é por excelência, o nosso patrocinador em todas as atividades associativas, e ele decidiu então, pagar a totalidade da edição dos 500 exemplares, e com os lucros da distribuição decidimos então que nada melhor do que contribuir para a educação de outras crianças, sendo nós também estudantes, e deparamo-nos com a Helpo Portugal, que faz um trabalho excelente e depois da catástrofe sucedida em Moçambique, mas sentido faz ainda contribuir então para esta iniciativa”.

 

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A Helpo é uma Associação não Governamental para o Desenvolvimento a trabalhar em Portugal desde o ano 2008 e que centra as suas atividades na promoção do desenvolvimento, nos países subdesenvolvidos, através da educação e da nutrição. Os estudantes que desenvolveram o projeto pensaram, então, doar toda a receita obtida na venda do livro à Helpo e, desta forma, conseguir oferecer educação às crianças em Moçambique. “Nós não temos noção da importância que uma oportunidade tem na vida destas crianças. Com 35 euros conseguimos garantir a educação a uma criança, durante um ano, 35 euros, um valor que para nós é quase insignificante, mas que para eles faz toda a diferença”, referiu Sara Arezes no seu discurso.

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Quando questionados acerca daquilo que os leitores poderiam encontrar no «Opiniões de Segunda», a resposta foi célere. “Podem encontrar textos muito positivos, e acho que é muito importantes demonstrar que esta juventude, na generalidade, acaba sempre por transmitir uma mensagem muito positiva. E acima de tudo, que somos uma juventude dinâmica, com ideias; e embora não sejam textos necessariamente com caráter literário, julgo que todos numa forma geral, podem aprender muito”.

 

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Para Tiago Brandão, Ministro da Educação “eu conheço projetos pedagógicos completamente fantásticos mas tenho de confessar que este projeto em particular e esta visita foram particularmente, marcantes” referindo ainda que “estas Opiniões de Segunda, assim chamadas por saírem à segunda-feira, tornaram-se opiniões de primeira, e que nos vêm dizer a nós, senhor Presidente da Câmara, que é necessário fazer mais. Eles, os jovens, têm um espírito crítico marcante e uma capacidade argumentativa fantástica. Eles, têm uma capacidade de exercício de cidadania bem vincada, de dizer que devemos fazer mais. Que por muito que nas nossas posições pensemos que estamos a fazer o necessário, temos de fazer mais. Porque só o melhor de cada um de nós, não chega. E temos de coletivamente fazer mais. Porque este debate intergeracional tem de ser feito com total abertura. Porque isto de ser jovem não pode ser uma maldição”.

 

Com este projeto os jovens estudantes do agrupamento escolar barquense consciencializaram o público em geral para a realidade existente noutras latitudes do mundo e deixaram bem ciente que a juventude, “não está perdida”  e que apesar da rebeldia própria da idade, importam-se com o mundo que os rodeia e que, como disse António Pérez, Presidente da Direção da Helpo “não há nada mais belo e exaltante do que dar uma mão para que alguém possa sonhar. Nunca desistam!”  

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