Editorial

Origem, ousadia e oração!
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Arlinda Rego Magalhães

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A nossa origem enquanto povo, é composta por muitas vitórias e descobertas, ao longo dos séculos.

Somos um país pequeno, de pessoas com sonhos grandes, visionários e aventureiros.

Somos um país de gente nobre, na sua essência, e na forma de sentir a vida.

Vidas muitas vidas se perderam, quando os nossos valentes navegadores abandonaram a nossa magnífica costa, procurando outras paragens.

Foi também esta a nossa origem, a nossa ousadia e capacidade de resistência, e a oração de homens e mulheres, pedindo proteção divina.

Os nossos olhos brilham quando vemos o mar.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

A luz que este reflecte é única e incomparável.

Portugal é um país tão bonito, que devia sentir-se vaidoso todos os dias.

Mas infelizmente teima, em se auto destruir pouco a pouco.

E é também tão pequeno, que não é necessário, sequer um dia para o percorrer de uma ponta à outra.

No entanto atreve-se a falar, dos problemas do interior abandonado, a falar muito de coisa nenhuma, no parlamento e a perder imenso tempo, com questões de oratória e má vontade política.

A nossa pequenez territorial, deve ter encolhido os nossos cérebros, por solidariedade, porque não acredito nesta infindável verborreia diária.

Não estamos em guerra com nenhum país, não temos uma guerra civil pendente, por isso ficamos preguiçosos e inúteis.

Inúteis e sediados no Porto e em Lisboa, a fazer discursos e exigir explicações de tudo a todos.

Acho muito bem! Temos todos, o direito à verdade, e ao dinheiro que alguns nos devem.

Mas meus senhores com tantos atrasos, adiamentos, reuniões e audições parlamentares, o povo português está saturado.

O povo quer a justiça célere, e aplicada aos prevaricadores de todos aqueles milhões, devidos a quem o ganhou e trabalhou muito para o poder poupar.

Vamos recordar a nossa origem aventureira, e resolver de vez, a emigração dos nossos jovens.

Vamos repovoar Portugal, com a nossa juventude inteligente e bem formada.

E vamos também com rigor, organizar a entrada de outros emigrantes no nosso país.

Quem vem para Portugal, é porque gosta deste país, e está disposto a respeitar as suas regras, religião e política.

Não entendo de outra forma esta questão!

Vamos ter a ousadia, de reconstruir Portugal e ocupar o chamado “interior”. Nunca mais, deixar aldeias desertas. Vamos repovoar estas zonas, com qualidade e critério.

Boas casas de habitação, hospitais, centros de saúde, hotéis, pequeno comércio, teatros, cinemas, concertos, tertúlias e festas.

Até porque rios, lagos, florestas, montes e miradouros, já temos!

Nunca percebi, porque razão os políticos se cansam tanto nas visitas às províncias?

Mas a idade esclareceu-me!

O problema deles/as, é que, como eles sabem que Portugal é pequenino, tentam ir a todo o lado (onde pensam que têm pessoas), num dia ou dois.

É isso! Só isso!

A pressa de despachar as zonas com pouca população!

Alguns peregrinos dos célebres caminhos de Santiago, atravessam Portugal a pé facilmente.

O que é que nos aconteceu?

Em que tipo de pessoas nos tornámos?

Eu sei!

Estamos transformados nas pessoas das festas!

Ou melhor das romarias. Em honra dos Santos Padroeiros, Populares entre outros.

Se prestarmos alguma atenção, há festas e romarias durante o ano inteiro.

Tempos houve, em que eram romarias e festas, com uma fervorosa componente religiosa, e de oração.

Hoje as romarias são festas, festivais e afins.

Não tenho nada contra as festas!

Nem contra as festas, nem contra o folclore, nem contra o fado, nem contra o futebol que também devia ser festa. Nem contra nenhuma das manifestações culturais, ou religiosas do nosso país.

Tenho até tudo a favor!

Mas receio que o ruído de fundo dos bombos, das fanfarras e bandas de música, ocultem, ou façam esquecer, as reais necessidades deste país.

De repente comecei a ver eólicas por todo o lado, nas várias serras, e até no mar.

Painéis solares em inúmeras casas e instituições.

Mas infelizmente as várias empresas responsáveis pela energia, continuam a lucrar imenso com a venda da electricidade.

Afinal para onde vai a electricidade produzida em Portugal?

Alguma dessa energia vai para exportação. Mas e a energia excedentária, como é que é aproveitada?

É que, com tanto dinheiro gasto nesta área, o consumidor interno, ainda paga uma factura muito alta, todos os meses.

Esta energia ou dá para exportar, e é uma fonte de receita. Ou dá para consumo interno.

Caso contrário, não se sabendo a resposta correcta, alguém está a ganhar muito dinheiro, à custa de todos.

É que, se todo o investimento feito, e as diversas estruturas colocadas, são só para o benefício de alguns.

NÃO é de todo aceitável, que tenham destruído a paisagem natural, serras e mar, que pertence a todos. Destacando a beleza da natureza e as paisagens nacionais, existe outra situação caótica. Trata-se dos inúmeros prédios semi construídos ou destruídos, como queira.

Falta habitação para os jovens!

Falta habitação adaptada para os idosos!

Falta habitação a preços adequados aos ordenados nacionais!

Falta responsabilidade política!

Porque não existe nenhum tipo de bonificação ou facilidade bancária,

ou estatal, quando uns e outros precisam de um empréstimo, para requalificar uma casa antiga de família. Não há respostas!

Em oposição temos os construtores do pladur, que escondem pedra maravilhosa, e azulejos antigos. Diminuem significativamente a área desses prédios, construindo t0 e t1 e outras monstruosidades, que estão VAZIAS!

As casas semi construídas, são ocupadas pelos migrantes ilegais, ou para ocupações esporádicas, de outra índole.

Portanto meus senhores, ou Vossas Excelências se centram nas questões essenciais, ou então, somos os apanhadinhos das festas, que não sabem pensar em mais nada.

As festas e romarias são muito importantes, sem dúvida!

As notícias e fotos ocupam, as primeiras páginas dos jornais.

No entanto, o número de estudantes que vai desistir do ensino superior, os jovens que não saem de casa dos pais, continua a aumentar.

Sobretudo devido à dificuldade, em encontrar rendas, ou empréstimos para habitação, de acordo com os ordenados nacionais.

Até eu já fiz essas contas!

Meus senhores, não dá, não é possível, é um perfeito jogo de oportunismo económico!

Esperemos de pé, pelo país que estamos a desenvolver e a criar.

Esperemos que não se vá desmoronar, como um castelo de cartas.

Somos todos responsáveis, mas só o poder político, pode tomar decisões. Que outros políticos não compliquem a vida ao nosso povo!

É que o POVO não esquece!

2 comentários

  1. Minha querida AMIGA…DÓI tanto…ver a desertificação de locais,onde fomos tãaaaooo FEELIIIZEEESSS!!
    Para mim…recordarei a infância com saudade…mas o futuro é aterrorizador…
    Tenhamos FÉ e ESPERANÇA…

    1. Muito obrigada, querida amiga.
      Todos conhecemos estas realidades e ninguém parece incomodado. A diversa legislação deve ser revista de novo e adaptada às circunstâncias.
      Os políticos portugueses têm de ter a maturidade necessária para agir. A oposição deve saber estar, ocupar com dignidade o seu lugar, e não obstruir e muito menos brincar com os anseios e necessidades do POVO PORTUGUÊS!.

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