Editorial

Há diferenças entre os povos russo e ucraniano?
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Manso Preto

Impressionou-me ver imagens televisivas de uma idosa russa, com 90 anos, ex-artista plástica, a ser detida em Moscovo pela Polícia porque cometeu o ‘crime’ de, na via pública, ostentar convictamente um cartaz contra a invasão da Ucrânia.

Não foi possível saber se ela tem netos ou outros familiares entre os soldados mobilizados para uma guerra condenada por todos os cantos do mundo, inclusive alguns dos habituais aliados políticos. O que eu sei é que vi uma Mulher com ‘M’ maiúsculo, nonagenária, débil, indefesa – mas firme – a ser detida e metida dentro de um furgão gradeado, perante aplausos de dezenas de outros manifestantes revoltados e igualmente impotentes perante o ditador que eles sabem por que temem…

Não tenho vergonha de confessar publicamente que com dificuldade consegui reter as lágrimas que só me escaparam quando, de seguida, vi imagens de bebés, crianças e suas mães a fugirem estoicamente por entre prédios destruídos pelos mísseis de Putin, num país ocupado. Enquanto os seus maridos e filhos adultos ficavam nas fileiras da Resistência.

Quisera eu que tivesse acordado após uma noite mal dormida, mas não!

A Humanidade está perante um pesadelo que todos nós pensávamos afastado pelos tenebrosos tempos da ‘Guerra Fria’.

Em poucos dias o mundo ficou diferente, a tal ponto que o vírus deixou de ser tema principal nos noticiários. E não porque tenha sido descoberta uma vacina que, efectivamente, nos proteja e sem deixar irremediáveis sequelas…

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