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Damião Cunha Velho

Professor

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A escola começou agora mas tal como acontece todos os anos lá para o final do ano lectivo sairão mais uma vez os famosos rankings escolares.
Uma espécie de desfile das melhores escolas do país.w
Um desfile perverso que se repete todos os anos. Uma falácia.
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Na?o se pode comparar o incompara?vel.
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As escolas pu?blicas aceitam todos os estudantes independentemente da sua condic?a?o econo?mica ou social.
Ja? nas escolas privadas so? va?o alunos de classes sociais mais elevadas.
Desde ja?, porque o prec?o das propinas na?o e? para todos.
Depois, esses mesmos alunos te?m acesso a explicadores que os auxiliam na aprendizagem.
Mais, as escolas privadas va?o excluindo os alunos que na?o te?m bons resultados.
Esta?o completamente empenhadas nos resultados dos exames dos alunos porque e? essa a sua publicidade.
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Nada disto acontece nas escolas pu?blicas.
Mesmo que fizessem um ranking para escolas pu?blicas e outro para escolas privadas, com estes crite?rios, os resultados seriam enganadores, sobretudo para as escolas pu?blicas.
Isto porque nas escolas pu?blicas existe muita heterogeneidade.
Existem pais que podem pagar explicac?o?es aos filhos, enquanto outros na?o.
Tambe?m existem diferenc?as no ni?vel acade?mico dos pais ou da fami?lia envolvente e na disponibilidade para ajudarem os filhos nos estudos.
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Por outro lado, tambe?m ha? que ter em conta aspectos geogra?ficos e perceber as assimetrias  entre as diversas regio?es do pai?s. Existe uma diferenc?a substantiva entre o interior e o litoral e entre o norte e o sul.
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Em si?ntese.

Qualquer estudo que na?o encerre aspectos econo?micos, sociais ou da qualificac?a?o dos familiares directos do aluno tera?o sempre resultados imprecisos e falaciosos.
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Portanto, os rankings sa?o mal feitos e so? te?m servido para publicitar as escolas privadas.

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Rankings esses curiosamente pagos com dinheiros pu?blicos!