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Osteoartose: detecção e tratamento precoces evitam incapacidade laboral

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Mais de metade das pessoas (68.8%) entre os 50 e os 65 anos, ou seja, antes da idade oficial de reforma em Portugal, que sofrem de osteoartrose não trabalha.

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Esta é uma das conclusões de um estudo, apresentado no XVIII Congresso Português de Reumatologia, que analisa os anos de trabalho perdidos devido à doença reumática que afeta mais de dois milhões de doentes a nível nacional.

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A osteoartrose é uma doença reumática que pode comprometer uma ou mais articulações (que podem ser afetadas ao mesmo tempo e com intensidades diferentes), provocando, sobretudo, dor, sensação de rigidez e inchaço. Em consequência, pode conduzir a limitações funcionais, como a perda ou a redução da mobilidade, deformidades e incapacidade total ou localizada.

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A investigação, apresentada no decorrer do congresso promovido pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia, recorreu aos dados do primeiro estudo epidemiológico nacional sobre as doenças reumáticas (EpiReumaPt), que abrangeu 10.661 inquiridos e analisou todos os indivíduos entre os 50 e os 65 anos, perto da idade oficial de reforma.

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De acordo com os resultados desta investigação, 29,7% da população entre os 50 e 65 anos sofre de osteoartrose, sendo que as articulações mais afectadas são o joelho (18,6%), mãos (12,6%) e anca (3,6%). Mais de 60% dos inquiridos afetados pela doença afirmaram não trabalhar (entre os inquiridos sem osteoartrose na mesma faixa etária a percentagem ficava pelos 47,6%), o que potencialmente corresponde a 143,262 anos de trabalho perdidos (84 anos por cada 1.000 habitantes na faixa etária analisada). Esta perda de produtividade deveu-se essencialmente a reforma antecipada (52%), desemprego (40%) e pensões por incapacidade ( 8%).

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Embora muito associada ao envelhecimento, a osteoartrose não é um processo apenas relacionado com a idade e o envelhecimento. Trata-se de uma doença articular que resulta dos danos e alterações que a articulação sofreu anteriormente e é determinada também pela nossa hereditariedade. 

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Para os especialistas é fundamental esclarecer a ideia errada de que quem sofre de osteoartrose deve aprender a conviver com a dor, disfunção articular e graus diversos de incapacidade com consequente impacto no humor, no lazer e na participação social. É urgente contrariar essa noção que leva à desvalorização da doença, dos doentes e do seu impacto social e económico, envolvendo todos, desde os médicos ao público em geral, num processo educativo que destaque os aspetos principais da patologia e a importância do diagnóstico e do tratamento precoces.

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Sobre a Sociedade Portuguesa de Reumatologia

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A Sociedade Portuguesa de Reumatologia, fundada em 1972, é uma organização científica que tem por objetivo promover o desenvolvimento da reumatologia ao serviço da saúde da população portuguesa. A sua atuação tem por finalidade fomentar o conhecimento das doenças reumáticas, favorecendo a formação médica, bem como o desenvolvimento de estudos e projetos de investigação em Reumatologia. A Sociedade Portuguesa de Reumatologia assume-se, igualmente, como um centro de documentação destinada quer a profissionais, através da edição e publicação de informação científica médica especializada, quer ao público em geral, mediante o seu website. Além disso, coopera com as associações de doentes e planifica ações de educação às populações. Atualmente, representa 200 profissionais, com os quais colabora na defesa do título de Reumatologista e do bom nome da especialidade.

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Para mais informações, é possível consultar: www.spreumatologia.pt.

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