Editorial

Pandemia
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Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Por coincidência, na semana anterior lembramos a possibilidade desta epidemia do COVID-19 se poder transformar em pandemia.

Acontece que não estamos preparados para a situação, tal como prevíamos, mas com a ajuda e boa vontade de todos os profissionais lá vamos desenrascando as soluções inevitáveis.

Então vejamos quais as diferenças entre epidemia e pandemia:

Epidemia. “Doença que, numa localidade ou região, ataca simultaneamente muitas pessoas”. https://dicionario.priberam.org/epidemia;

– Podemos também considerar epidemia como sendo “a concentração de determinados casos de uma doença num mesmo local e época, claramente em excesso em relação ao que seria teoricamente esperado.” Deriva do grego “epi” (sobre) + “demos” (povo). Foi utilizado por Hipócrates no século VI a.C. https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemia.

– A Pandemia é o “Surto de uma doença com distribuição geográfica internacional muito alargada e simultânea”. https://dicionario.priberam.org/pandemia;

– Pode também ser considerada como “uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada numa grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo todo o Planeta Terra”. A palavra deriva do grego “pan” (tudo/todos) + “demos” (povo). https://pt.wikipedia.org/wiki/Pandemia.      

O COVID-19 já é uma pandemia significando isto que segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) esta nova doença contagiosa ao tornar-se global, atingiu todos os continentes do planeta o que a transformou numa pandemia.

A situação não muda nada em questões relacionadas com a legalidade. É na comunicação que o impacto da palavra pandemia consegue alterar os comportamentos das populações e dos respectivos Governos.  https://observador.pt/2020/03/11/o-covid-19-ja-e-uma-pandemia-o-que-e-que-isso-quer-dizer-e-o-que-muda/

Tedros Adhanom Ghebreyessus disse a 26 de fevereiro que “o uso da palavra pandemia sem precauções não leva a benefícios palpáveis, mas pode ter um risco significativo no que toca à ampliar de forma desnecessária e injustificada o medo e estigma, paralisando sistemas”.

Ele tinha razão porque agora a mensagem é mais convincente, não só pela palavra que a identifica, mas sobretudo pela sua história com os factos contagiantes e óbitos já contabilizados.

Temos ainda a paralisação da economia que está a mostrar a sua importância perante a sobrevivência de todos nós, mas vamos verificando também que chegou a hora de pensarmos mais na Humanidade do que nos resultados económicos.

Podemos estar perante uma boa lição para todos os Seres Humanos menos atentos a estas questões, sabem porquê? Desta vez não existem privilegiados!… Toca a todos…

Por muitos amigos que existam para nos ajudar, o que conta verdadeiramente é a colaboração e o respeito pelas regras que defendem e protegem a vida do Ser Humano.

Acabaram os malabarismos, as aldrabices e as promessas.

Agora, todos têm que respeitar todos, embora ainda apareçam os açambarcadores. Imaginam eles que por desequilibrarem o mercado dos produtos alimentares e dos medicamentos conseguem safar-se nesta desordem nada salutar.

Estão muito enganados porque o caminho é apenas:

– Ser cooperante;

– Respeitador das regras estabelecidas;

– Cuidadoso consigo e com os outros;

– Higienicamente ativo em todas as atitudes.

Vamos cumprir?

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