Na passada quarta-feira, a meio da tarde, os moradores de um dos blocos aperceberam-se de uma inundação vinda do 4ºandar, as águas escorriam em abundância pelas escadas, fossos dos 3 elevadores e mais tarde se confirmou que se infiltraram para os andares inferiores até às garagens existentes na cave.
Operários da empresa Espaçus, contratada pela Vianapolis para retirarem os sanitários, móveis, cilindros, esquentadores e outras máquinas dessa fracção, bem como arrancar portas interiores e desligar a canalização – o que poderá ser interpretado como o primeiro passo para facilitar a demolição das paredes -, foram confrontados com uma fuga incontrolável de água.
O caudal era tal e durante por cerca de três a quatro horas que a água também escorria pelas partes interiores e exteriores da estrutura do prédio, alagando por completo o passeio até à rua. Chegaram a juntar-se alguns populares, também indignados, perante o visível pânico dos moradores com idades avançadas e aflição dos próprios funcionários da empresa que desconheciam como estancar uma situação que – atente-se – podia ser mais grave e causar vítimas caso as partes eléctricas não estivessem bem isoladas e vulneráveis a eletrocussões naturalmente letais. Uma situação em todo idêntica poderia suceder caso o cano rebentado fosse do gás, podendo ser accionada uma explosão com o simples clicar de um interruptor da luz de um qualquer hall nos vários pisos ou perante o movimento dos elevadores.
Valeu a intervenção de um funcionário do falecido construtor do prédio que, chamado ao local e conhecedor das bombas elevatórias da água até aos apartamentos, de imediato as desligou e fechou a conduta, quando eram bem visíveis os danos causados.
PUBCom o avançar das horas foi escurecendo e cada vez se tornou mais difícil minimizar os danos até porque havia o receio de acender luzes.
Das paredes e portas comuns interiores não parava de escorrer água o que demonstra o alcance do sinistro, como podem os leitores comprovar através das filmagens e fotos que anexamos em baixo.
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Nas traseiras do prédio também apareceram poças de água no chão.
Num outro apartamento na posse da Vianapolis, há dias que as janelas das traseiras se mantêm abertas, servindo de acolhimento às gaivotas.
PUBDe salientar que da Vianapolis ou da Câmara Municipal ninguém se apresentou no local para se inteirar da situação ou mesmo tentar minimizar os danos causados e apurar se havia moradores a necessitarem de apoio.
Entretanto, o Minho Digital apurou que a Vianapolis já foi notificada pelo Tribunal para não proceder a qualquer demolição ou remoção dos bens existentes nas fracções, não só às expropriadas em condições controversas, como aquelas que foram negociadas com os seus proprietários.
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Filmagens:
https://drive.google.com/file/d/1zmMUEs-FOjV7DDxxjU2XbZa9hi7kbqIh/view
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https://drive.google.com/file/d/19K5WLmsDpHU_teMQhQOkjejDyI4A33pv/view
https://drive.google.com/file/d/1VjrcbnhR61CydGBpqhumymGfWbxbTj7y/view
https://drive.google.com/file/d/1vURHDxQxHiuv7Z7sObVikF1a6PnpJI4L/view
SEQUÊNCIA FOTOGRÁFICA DOS ACONTECIMENTOS