Páscoa 2018: Para além do Rio Minho | Rituais na Fronteira

José Rodrigues Lima

Antropólogo

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Se as pessoas têm história também os territórios a possuem, e por isso falamos das paisagens culturais, sonoras e globais, podendo afirmar que são fruto de uma longa elaboração humana.

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GOSTA DESTE CONTEÚDO?

O rio Minho é referido pelo romanos e Estrabão afirma que é o maior da Lusitânia, sendo “navegável em oitocentos estádios”. Tendo a sua nascente nos montados de Meira (Lugo), transpondo diagonalmente a Galiza, e a partir de S. Gregório, concelho de Melgaço, forma a linha geográfica Espanha-Portugal.

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Sendo um rio lendário e mítico, possui uma fauna riquíssima, capturando-se nas pescarias a lampreia, o salmão, o sável, a savelha, a truta marisca, a boga, a solha e outros peixes.

Devido à abundância do apreciado peixe e a fertilidade das suas margens, os galegos chamam-lhe “Pai Minho”.

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As pesqueiras são monumentos seculares e singulares. Armar uma pesqueira é uma arte.

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Os poetas inspiraram-se nas suas margens bucólicas e força cósmica.

Se o poeta raiano João Verde lançou largos olhares pelas suas margens, a sua alma cantou-o como consta na azulejaria: “Vendo-os assim tão pertinho,/ – a Galiza mail´o Milho,/ são dois namorados/ que o rio traz separados…”

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A poetisa Rosalia de Castro não o esqueceu:

“ Serpenteando vai o Miño

fondo às veces como o mare

pero sempre caladiño.

Caladiño e misterioso

como sombra ou paso leve,

que non quer turbar reposo…”

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E ainda: “Hai nas ribeiras, hai nas risonhas praias / E nos penedos ásperos do nosso imenso mar…”

Pois que o rio Minho continue caladinho e só nos revele alguns segredos das memórias com rituais.

Assim, poderemos sentir reminiscências do culto das águas, saboreando a sua riqueza piscícola e os folares da Páscoa.

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 O RIO MINHO É VIVIFICANTE

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“O rio são intensos mundos que se redemoinham em torno das suas águas, das suas ribeiras”, conforme escreveu Eliseo Alonso.

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Caminhando pelos campos da antropologia e do folclore, numa mesma tradição de mitos, ritos, e símbolos, constatamos o tecido histórico-cultural da bacia do rio Minho.

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“A fronteira é antes de mais um mito de possessão de dois mundos: do aquém e do além, da verdade e da ilusão, da realidade e da fantasia”, no dizer de Salinas Portugal.

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E assim há poesia: “Como a silva e como a adreira, / como toda a trepadeira/ que onde tocou prendeu, / assim minhoto ou galego, / há-de haver sempre um apego/ há terrinha onde nasceu.”

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Permitam que afirmemos: Existiu uma fronteira politica, porém a fronteira paisagística e antropológica não.  As relações económicas forem sempre uma constante e podemos sustentar que na zona da fronteira subsistiram muitos interesses, para além da cultura do contrabando.

As terras de fronteira possuem uma magia, um imaginário longínquo, e os fenómenos linguísticos são fruto de uma irmandade legal ou ilegal, reveladora da capacidade de adaptação e reciprocidade.

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Nas terras raianas há emoções literárias: “O rio Miño é um cura / sem Iglesia e sem missal, / casar Galiza procura / com o novio Portugal”, como escreveu Pedro Guisado.

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No âmbito cultural há um valor acrescentado nas terras de “memória e fronteira” só compreensivo através de um diálogo com aqueles que foram protagonistas de autênticas aventuras para ultrapassarem os convencionalismos vivenciais difíceis, encontrando a solução, muitas vezes, na passagem à outra margem, já galega, ou no “salto indispensável” que está envolvida a emigração clandestina, de modo especial na década dos anos sessenta.

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 INVESTIGAÇÃO LINGUÍSTICA

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Se admitirmos que a cultura é a síntese de todas as atividades criadoras de um povo, esta supõe assumir a sua própria identidade, enriquecendo-a e reinventando-a constantemente, mediante actos, palavras e obras, competindo aos seus intelectuais, homens da ciência e artistas, desempenhar o seu trabalho de vanguarda, conforme escreve o antropólogo senegalês Cheikh Anta Diop.

A linguística é uma vertente importante para o conhecimento cultural de uma região, mas também duma micro-região como a são as terras de fronteira.

Aceitamos que existe uma linguagem raiana e encontramos no poeta João Verde textos reveladores dessa linguagem, para além de outros. As expressões e frases usadas no quotidiano pelas populações fronteiriças estão repletas de termos em português, castelhano, galego, galicismos e de regionalismos.

O investigador alemão de nome Helmut Schwake, doutor em linguística na Universidade de Friburgo, fundada em1457, em meados da década dos anos sessenta realizou vários trabalhos de campo junto das pessoas simpáticas e hospitaleiras, no território raiano melgacense pretendia verificar determinadas variações desta zona. Geralmente, no final do trabalho de cada dia, a sua expressão era repetidamente esta: “o vosso povo tem uma riqueza cultural muito expressiva”.

A sua metodologia levou-o a selecionar pessoas com as seguintes características: possuidoras de mais de setenta anos, que tivessem permanecido na aldeia, não soubessem ler nem escrever, residissem perto do rio Minho e que conservassem uma boa dentição. A investigação foi revelada na Universidade alemã de Friburgo.

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 SIMBOLOGIA DA ÁGUA

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De acordo com J. Chavier e Alain Gheebrant “o simbolismo do rio, do fluir das suas águas, é ao mesmo tempo o da possibilidade universal e o da fluidez das formas, o da fertilidade, da morte e da renovação. A corrente é a da vida e da morte. Num rio pode-se considerar quer a descida da corrente para o oceano, quer a subida da corrente, quer a travessia de um lado para o outro. A descida para o oceano é a reunião das águas, o regresso á indiferenciação, o acesso ao Nirvana; a subida é evidentemente o regresso á Fonte Divina, ao Princípio; a travessia é a dum obstáculo que separa dois domínios, dois estados, o mundo fenomenal e o estado incondicionado, o mundo dos sentidos é o estado de não-vinculação. O rio do Alto da tradição judaica é o das graças, das influências celestes. Mas o rio do Alto desce verticalmente, segundo o eixo do mundo; em seguida, expande-se na horizontal a partir do centro, segundo as quatro direções cardeais, chegando até às extremidades do mundo: são os quatro rios do paraíso terrestre (…) Entre os gregos, os rios eram objetos de culto; eram quase divinizados, como filhos do Oceano e pais das ninfas. Ofereciam-lhe sacrifícios, afogando nas suas águas touros e cavalos vivos. Só podiam ser atravessados depois de ter sido respeitados os ritos de purificação e da oração. Como todo o poder fertilizante, de decisões misteriosas, eles podiam também engolir, irrigar ou inundar, transportar o barco ou afundá-lo. Inspiravam veneração e medo. Nunca atravesseis, diz Hesíodo, as águas dos rios do eterno curso, antes de terdes pronunciado uma oração com os olhos fixos nas suas magníficas correntes”.

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SEGUINDO AS ÁGUAS

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As margens do rio Minho estão repletas de arvoredo autóctone e assim embelezadas pelos salgueiros, amieiros, freixos, sobreiros e alguns azevinhos e carvalhos.

Na avifauna lá encontramos o guarda-rios, a galinha da água, o pato real e a garça real.

Os tons e sons são benéficos e até podemos ter a surpresa de ver uma lontra da água doce.

Ultrapassando a zona monçanense, e não podendo esquecer a importância de Lapela, passamos pelo concelho de Valença, localizando o antigo Mosteiro Beneditino de Sanfins, tendo posteriormente os bens transitado para a Companhia de Jesus.

O abade do mosteiro usava privilégios na caça, bem como nas pescarias, nos limites do couto. Com o tempo surgiu um litígio referente as pescas do rio Minho, entre o Abade de Caldelas de Tui, e o Reitor do Colégio dos Jesuítas.

Este litígio decorreu no sec. XVII e mereceu um registo assinalado.

Seguindo o curso do rio encontramos Vila Nova de Cerveira, onde existe o “Aquamuseu Rio Minho”, que têm como grande objectivo promover a divulgação do património natural e etnográfico associado há pesca artesanal no rio Minho, bem como desenvolver a investigação científica.

Devemos sublinhar o itinerário científico do conceituado professor universitário e biólogo marinho Mike Weber, que no âmbito da sua tese de doutoramento desenvolvei investigação no rio Minho. Outros investigadores estudaram a diversidade do rio transfronteiriço.

Neste concelho localizamos a freguesia de Gondarém, que mereceu uma monografia coordenada por Castro Guerreiro.

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EM TEMPO PASCAL 

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Estando de acordo com Geraldo Coelho Dias, professor universitário e monge, “para nós o compasso era o desenvolvimento ritual e solenizado da bênção das casas”.

“Em tempos recuados, o pároco respectivo podia, com tranquilidade, por si ou encomendado, na altura da Páscoa visitar e benzer as casas dos seus paroquianos”.

Com a mudança social ouve alterações de aspectos pastorais.

O compasso, sublinha o citado historiador “ por extensão ou sinédoque, é uma forma abreviada da expressão latina “CRUX CUM PASSO DOMINO”, isto é, designação da cruz litúrgica que preside aos ritos cristãos.

Daí que em todas as paróquias ou freguesias, subsiste ainda o “JUIZ DA CRUZ” ou “mordomo”, que deve empunhar solenemente a cruz paroquial nas grandes cerimónias anuais.

Por isso, a “Cruz da Cruz”, “COMPASSO”, adornada e perfumada acompanha o pároco quando ele nas alegrias pascal vai benzer as casas dos seus paroquianos.

Na geografia da casa minhota existe a denominada “Sala da Páscoa”, belamente ornamentada, onde se recebe a visita pascal, convivendo familiares e amigos, numa verdadeira fraternidade, e saboreando doces pascais, onde não falta o pão de ló e o Vinho do Porto. Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Na zona Entre Douro e Minho, o costume da Visita Pascal este mais enraizado.

O assunto foi abordado no Sínodo da Diocese de Braga, em 1918, fazendo-se a visita pascal segundo o decreto do prelado D. António Bento Martins Júnior, de 21 de Novembro de 1942, artigo 23 e seguintes.

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Devemos sublinhar que já em documento de 1357 se faz referência à bênção das casas e ao “tirar dos ovos”, de acordo com G. Coelho Dias.

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REVELAÇÕES DE ALELUIA

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 Há localidades onde os registos etnográficos singulares, se distinguem nos cerimóniais da visita pascal.

Assim, é de referenciar o encontro das cruzes no largo das Neves, confluência das localidades de Vila de Punhe, Mujães e Barroselas, à volta da mesa dos três abades.

Este cerimonial decorre com grande participação dos habitantes, não faltando uma banda de música, ao mesmo tempo que se trocam saudações acompanhadas pelos doces pascais e um cálice de bom Vinho do Porto.

A visita pascal em Fontão, em Vitorino das Donas e as cerimónias transfronteiriças da aleluia em Cristelo Covo, Valença, são manifestações que têm merecido a investigação antropológica pela sua tipicidade.

O Padre Português e o “Curo Galego” de Sobrado, atravessam o rio Minho num ritual pascal que envolve o grande simbolismo das águas correntes e da fertilidade.

É o festivo “Lanço da Cruz” partilhado pela irmandade das duas bandas, com animação musical dos “gaiteiros”.

Nestes rituais do “Lanço da Cruz” recordamos o conto “A Fronteira” de Miguel Torga: “O rapaz era do Minho, acostumado ao positivismo da sua terra, um lameiro, uma junta de bois, uma videira de enforcado, o abade muito vermelho há varanda da residência e o Senhor pela Páscoa”.

Também são de registar o “Encontro das Cruzes” na Facha, Ponte de Lima,  bem como em Gandra, Valença, onde se encontravam junto da Fonte dos Quatro Abades as comitivas de aleluia da Paróquias de Gandra, Cristelo Covo, Ganfei e Valença.

É de recordar o poema: “Hoxe há festa ao pé do Miño” do arcebispo-poeta Gago Gonzalez:

“Xá non teño pai nin nai / nin nesta terra parentes;/ sou filha de herbas tristes/neta de águas correntes”.

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 VISITA PASCAL EM GONDARÉM

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 A freguesia de Gondarém possui um património assinalavel bastando citar o Solar da Loureira e o Solar do Outeiral, “denominado também “Casa da Família Almeida Braga”, e a Igreja Paroquial.

Do conjunto do calvário avistasse um panorama paradisíaco, localizando as ilhas dos Amores e Boega que eram pertença do Solar Outeiral.

O lugar de Mangueiro é sempre uma referência histórica.

Em tempos passados, em Gondarém, na segunda feira de Páscoa, quando terminava a Visita Pascal, a Cruz descia à praia da Mota, onde a companhia da pesca de “arreste” do sável lidava.

A Cruz embarcava com o padre no barco de vez, “o célebre carocho”, e os pescadores lançavam a rede até ao meio do rio e, continuavam a lançar, voltavam à margem.

Puxavam-se então as redes, dos peixes que chegavam, parte era do pároco. A seguir formava-se o cortejo que sai dali até a igreja paroquial, cantando, agora, ora as mulheres ora os homens, Aleluia!  Aleluia!  Aleluia!  Aleluia!

Era o denominado “Clamor”!

Esta informação foi-nos confirmada por o escritor Luís Guerreiro, recordando tempos da sua infância festiva.

Tendo o rio como referência na lenda, há uma poética narrativa.

“Os pescadores da Quebrada ou Cobrada, de Gondarém, dispunham-se a regressar, desalentados, com a fraca pescaria. Quando recolhiam as redes no portinho do Estreito de Lenta exultaram com o seu peso…

Perante a sua surpresa geral, em vez de peixe emergiu a imagem da Virgem com o ceptro e a imagem de Menino Jesus nas mãos”. Mais diz a lenda, que nessa altura, o badalar constante de um sino, lembraria a palavra “RECLAMO”, invocação qua imagem veio a tomar, parecendo-nos título único.

Venera-se na igreja paroquial de Lobelhe de que é orago, com festa em agosto.

A palavra “quebrada ou cobrada” é nome dado a uma sociedade de indivíduos que se reúnem para a pesca do sável na zona de Gondarém e de Lobelhe.

Esta lenda foi registada pelo escritor Afonso do Paço.

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 GOMDARÉM EM FLOR

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 Foi com emoção que percorremos os caminhos de Gondarém canteiro em flor.

Em cada passo dado sentimos a terra fecunda, o chão simbólico e os vultos memoriais da historia foram recordados

As peças graníticas da Igreja paroquial e o deslumbrante conjunto da “Casa Quinta Almeida Braga” (hoje unidade Estalagem Boega) são testemunhos de belas recordações, e onde a alma minhota se tem manifestado com hospitalidade e humanismo.

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Os tons, os sons e a arte de viver na solidariedade activa envolveram-nos, e até nós chegaram referências amigas de individualidades beneméritas.

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Não podemos omitir a recordação ao Padre Américo Soares de Sousa, que para além das obras de restauro na igreja paroquial, nos anos cinquenta, promoveu uma intervenção social digna de ser classificada como pioneira e de grande testemunho evangélico. A sua acção pastoral revelou-se desde habitações para famílias carenciadas ao Centro Educação Familiar.

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O Padre Abílio da Costa Oliveira, atual pároco, deu sequência ao serviço da evangelização praticando a diaconia.

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Como nota interessante é de registar que as obras paroquiais foram orientadas pelo Mestre Emídio Pereira Lima, que na época dirigia também as obras do Templo Monumento em Santa Luzia, Viana do Castelo.

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Citar Dr. Luís Almeida Braga é sublinhar o escritor e pensador de grande envergadura.

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Luís Almeida Braga escreveu um dia: “a vida humana vale o que valer o seu ideal, e o que valer a forma por que procurou efetivá-lo. O homem não vive só de pão. O pão é amargo se a flor do ideal não tempera”.

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Ler o livro “Paixão e Graça da Terra” (1932) é saborear a beleza literária de Luís Almeida Braga e entrar “na alma dos lugares”.

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Poema Gondarém

Vim morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas.
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.

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Numa banda a Espanha morta
Noutra Portugal sombrio
Entre ambos galopa um rio

Que não pára à minha porta.
E grito, grito: Acudi-me.
Ganhei dor. Busquei prazer.
E sinto que vou morrer
Na própria pátria do crime.

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Vou morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.

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Por mor de aprender o vira
Fui traído. Mas por fim,
Sei hoje, que era a mentira
Que então chamava por mim.
Nada haverá que me acoite
Meu amor, meu inimigo,
E aceito das mãos da noite
A memória por castigo.

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Vim morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.

 

Pedro Homem de Mello

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Este poema “Gondarém” foi belamente cantado pela fadista Amália Rodrigues.

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 A MINHA ALDEIA DA PÁSCOA

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Minha aldeia na Páscoa…Infância mês de Abril!

Manhã primaveril!

A velha igreja,

Entre as árvores, alveja

Alegre e rumorosa

De puro, luzes, flores…

E, na penumbra dos altares cor de rosa,

Rasgados pelo Sol os negros véus,

Parece até sorrir a Virgem Mãe das Dores.

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Ressurreição de Deus!

Domingo da Esperança!

Aleluias fazendo uma outra luz, no ar…

(Os olhos me ficam de criança,

Que para mim é ver o recordar)

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Sai o Compasso. Em pleno azul, erguida

Entre a verde folhagem das uveiras,

Rebrilha a cruz de prata florescida…

Na igreja antiga a rir seu branco riso de cal,

Ébrias de cor, tremulam as bandeiras…

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Vede! Jesus lá vai, ao Sol de Portugal!

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Ei-lo que entra contente nos casais;

E, com amor, visita as rústicas choupanas.

E Ele, Esse que trouxe aos míseros mortais

As grandes alegrias sobre-humanas

Lá vai, lá vai, por íngremes caminhos!

Linda manhã, canções de passarinhos!

A campainha toca: aleluia!

Aleluia!

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La vai o padre e a sua branca estola

E o seu ramo de flores.

E, às portas espelhado, o rosmaninho evola

Velhos trabalhadores,

Por quem sofreu Jesus,

E mães, acalentando os filhos no regaço,

Esperam o Compasso

E, ajoelhando, com séria devoção,

Beijam os pés da Cruz.

Teixeira de Pascoais

“Obras Completas “-1.º Vol.

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PÁSCOA É ACREDITAR NO AMANHÃ…

ALELUIA!  ALELUIA!

BOAS FESTAS PASCAIS!

 

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