Editorial

Passos, o salvador em que Marcelo tropeçou!
Picture of Damião Cunha Velho

Damião Cunha Velho

Marcelo tirou da cartola um Coelho chamado Passos.

Todos já nos demos conta de que Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa são compagnons de route.

Não se esperava outra coisa de um Presidente da República e de um primeiro-ministro quando a route é Portugal.

Acontece que compete ao Presidente da República fiscalizar o governo, ou seja, António Costa e a sua governação.

E Marcelo tem dois problemas nessa missão.

O primeiro é tentar agradar a todos, com selfies, beijinhos e afetos.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

O segundo é comentar tudo e mais alguma coisa.

Os dois juntos podem ser o sintoma de uma debilidade emocional, chamada “Défice de Atenção com Hiperatividade”.

Para quem está sempre a precisar de atenção, vale tudo. Sendo inteligente como é Marcelo, a ânsia de ser o centro do mundo fá-lo tropeçar constantemente na sua própria inteligência.

O mais recente e inaceitável tropeção foi quando disse que 400 vítimas de abuso sexual, dentro da Igreja Católica, não era muito, quando uma só que fosse era mais do que muito.

Aqui o compagnant Costa deu-lhe uma muleta e segurou Marcelo tal como Marcelo já segurou Costa e seus ministros em outras ocasiões. Por exemplo, quando Pedro Nuno Santos anunciou a construção de dois aeroportos da noite para o dia.

O “ninguém se demite” ou o “ninguém é demitido” está assegurado pela “amistosa colaboração” entre Marcelo e Costa.

Marcelo conseguiu conquistar os afetos da esquerda socialista mas nunca os da direita democrática. Sobretudo do PSD que contava com Marcelo para fazer oposição a Costa, e com isso trilhar caminho para chegar ao poder.

Agora, essa esquerda maioritária enjoou dos afetos de Marcelo e Marcelo em desespero tentou colar-se a Passos Coelho para, com isso, reconquistar a direita de onde ele próprio era originário. Recordo que ele próprio já foi presidente do PSD.

Mais um tropeção.

Marcelo veio tarde e a más horas. Essa direita já não o pode ver nem pintado, e pegar no seu maior trunfo, que é Passos Coelho, para o usar para salvar a sua insuportável solidão ainda pôs a direita passista a odiar mais Marcelo.

Marcelo está a ficar só. Não é uma coisa de somenos. É que alguém que precisa de tanta atenção e a toda a hora, pode, em aflição, tropeçar mais vezes e em situações mais graves.

Neste momento, Marcelo só tem Costa e enquanto houver Costa há Marcelo e enquanto houver Marcelo há Costa.

E se um dia houver novamente Passos, Marcelo ficará na história dos esquecidos!

Mais
editoriais

Junte-se a nós todas as semanas