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Passou pelos Arcos e pela Barca “o melhor Campeonato do Mundo da história do trail running”

Os concelhos de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez receberam, no passado dia 29 de outubro, o VI Campeonato do Mundo de Trail Running. A elite mundial da modalidade correu os 85 quilómetros da prova principal, que foi um autêntico teste à resistência e capacidade de superação dos concorrentes.

Os trilhos de montanha, com escarpas vertiginosas e paisagens de rara beleza, coroaram Luís Alberto Hernando, de Espanha, e Caroline Chaverot, de França (nascida na Suíça) como os novos campeões do mundo de trail, nos setores masculino e feminino, respetivamente. Entre a representação lusa, a seleção nacional obteve o quinto lugar (Tiago Aires foi o primeiro português a cortar a meta, seguindo-se Ricardo Silva e Armando Teixeira). A equipa feminina fez ainda melhor, conseguindo um meritório quarto lugar coletivo.

A corrida pedestre, com trilhos muito técnicos, pelo meio do único Parque Nacional, começou, às 5.15 horas, na ponte do rio Caldo, em Terras de Bouro, passou pelo concelho de Ponte da Barca, e terminou no Campo do Trasladário, nos Arcos de Valdevez.

No posto intermédio de abastecimento (líquidos e sólidos), instalado em Soajo (Largo do Eiró), ao quilómetro 64, muitos atletas, caso da portuguesa Sofia Roquete, queixaram-se do calor e da extrema dureza da prova, no entanto, a grande maioria dos 302 competidores (172 homens e 130 mulheres), de 42 países, logrou chegar à meta, 21 quilómetros depois. E houve quem, devido a quedas, tivesse resistido a esfoliações… Mas nada que tivesse impedido um aceno aos espetadores depois de uma palavra de encorajamento.

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Para a prova de elite, segundo o ultramaratonista Calos Sá, foi desenhado “o percurso mais difícil de sempre do melhor Campeonato do Mundo da história do trail running”. Basta dizer que a corrida, de 85 quilómetros, teve um desnível positivo superior a 4500 metros, o equivalente “a subir da Covilhã à Torre cinco vezes e depois descer”, de acordo com a organização.

Além da corrida principal, houve outras três provas abertas ao público em geral: uma de 16 quilómetros (a pensar naqueles que estão a debutar na modalidade), outra de 55 quilómetros a solo e uma terceira de 55 quilómetros, disputada em estafeta por equipas de três elementos. No caso, tratou-se de uma boa oportunidade para os praticantes amadores e fãs das corridas embrenhadas na natureza “medirem” a respetiva resistência. As quatro corridas, com cerca de 1500 participantes, todos acarinhados pelo público, encontraram-se nas imediações de Arcos de Valdevez, local da meta que consagrou como campeões do mundo o aragonês Luís Alberto Hernando, de 39 anos, e a antiga canoísta Caroline Chaverot, de 40, reconvertida ao trail desde 2010.

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No rescaldo do megaevento desportivo, com algum impacto económico e vasta cobertura mediática, sobraram bons motivos para festejar, pois não é todos os dias que uma competição à escala mundial se realiza nas belezas naturais de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca.

 

Sabia que…

Quem tivesse sido apanhado a arremessar lixo para o chão teria sido desclassificado do Campeonato do Mundo?

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