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Pedro Abrunhosa “ilumina” Ponte da Barca num concerto sem precedentes

Uma verdadeira noite de verão, não só pela temperatura amena que se fazia sentir, mas também pelo calor humano que preencheu a Praça Terras da Nóbrega, em Ponte da Barca, para receber um dos mais afamados cantores portugueses, Pedro Abrunhosa, naquilo que foi um dos pontos altos da Romaria de São Bartolomeu.

 

O início do concerto estava marcado para as 23:00 horas. Desde muito antes que a praça foi enchendo com barquenses, e não só, que queriam desfrutar do espetáculo. Os comentários eram de alegria, mas também de muita expectativa. “As Romarias antigamente traziam sempre artistas de nomes sonantes. Cheguei a assistir ao concerto do Marco Paulo, Jorge Mendes, Tony Carreira, tudo artistas de muita qualidade e este ano a Comissão de Festas, não só resgatou tradições há muito esquecidas, como a corrida de cavalos, e a feira do gado, como também trouxe até nós um grande nome da música portuguesa,  Pedro Abrunhosa”, comenta Bruno Magalhães, um dos assistentes do concerto.

Pedro Abrunhosa, apresentou um show vibrante, cheio de emoção e excelente musica.  O repertório escolhido era bem conhecido pelo público que entoava cada letra com entusiasmo, criando desta maneira uma atmosfera de sintonia, entre o público e o cantor, poucas vezes vista num concerto daquela magnitude. O artista não só interagiu com o público de uma maneira exemplar, como também aproveitou um pequeno intervalo de descanso da banda que o acompanha para fazer um solo, onde interpretou a famosa música: Aleluia! Deixando uma mensagem de paz a todos os presentes. “Aleluia a todos aqueles que fogem da guerra, da fome, das bombas e da miséria. Trazendo crianças ao colo e velhos que se arrastam em barcos que se afundam e na terra do Aleluia fecham-lhes as portas e dizem: aqui não! Nós, um dia, podemos ser o outro e vamos precisar de alguém que diga Aleluia! As terras do Aleluia não separam os filhos dos pais, nem os metem em jaulas, não há ninguém excluído, porque não há pessoas ilegais. Porque para nós talvez haja só um Deus, e esse Deus chama-se Amor!”.

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Durante todo o espetáculo Abrunhosa foi interagindo com o público mostrando o seu grande talento, assim como um showman como poucos. Este concerto contou com a participação do tocador de concertina António Lopes de Areosa, que subiu ao palco para tocar algumas músicas, naquilo que constituiu uma dupla inesperada que encantou todos os presentes.

No fim da sua apresentação Lopes de Areosa agradeceu o convite que lhe fizeram deixando umas palavras de apreço não só a todos os presentes, mas também “agradeço a todos mestres que me ensinaram esta arte. Especialmente ao Sargaceira, que deve estar nalguma nuvem a olhar para nós, como também à organização do evento pelo convite que me fizeram para vir tocar com este grande artista”, frisou.

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No fim do espetáculo Pedro Abrunhosa agradeceu a presença de todos aqueles “que trocaram o conforto das vossas casas, pela incerteza deste espetáculo. Obrigada a todos. Fez-me falta vir aqui para ver as mulheres mais lindas do Alto Minho”, comentou divertido. Logo após a finalização do concerto, que ao todo teve uma duração de 2 horas 46 minutos, recebeu os fãs que, em fila, esperavam ansiosos pelo autografo do artista “este concerto foi o máximo, muito bom mesmo. Agora só falta o seu  autógrafo neste papel para que esta noite seja perfeita”, comentava uma jovem que aguardava para entrar no camarim do cantor.  

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O MD também teve acesso ao camarim do artista e aproveitou para pedir ao artista a sua impressão depois de ter feito história em Ponte da Barca, com um concerto como há muito não se via. “Eu conheço muito bem a zona. Para mim o alto Minho é uma espécie de refúgio. É realmente a minha segunda casa, e de facto, tenho aqui casa, muito perto. E é incrível ver a evolução de Ponte da Barca. Do ponto de vista ecológico, histórico, arquitetónico, urbanístico. É um emblema da região porque soube conciliar a modernidade com o património existente edificado e isso faz a diferença. Passados estes anos todos, faz a diferença. É para mim uma honra estar aqui. Para vocês é normal tudo isto, mas para quem vem de fora e vê este verde todo, este preservar do antigo com a modernidade é fantástico. Há muito tempo que venho cá, mas foi com muito agrado que pela primeira vez, vim tocar a Ponte da Barca. Ao fim de 25 anos para mim foi uma espécie de celebração. É estar em casa”.

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E a propósito da aparição das gentes de Germil, uma aldeia do Concelho de Ponte da Barca, num dos seus mais recentes vídeo-clips referiu. “Nós fazemos muito trabalho com as pessoas, com a genuinidade. Cada vez mais nos nossos clips queremos a naturalidade das pessoas, e não há gente tão genuína, tão pura, como aquela que encontramos nestas aldeias mais tradicionais”, culminou.

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