Para quem aprecia descrições bélicas.
Tudo o que aqui se descreve é de grande precisão técnica.
Eugénio de Sá (ex-profissional de radar de intercepção da Força Aérea Portuguesa)
Sento-me no cockpit do f 22 “raptor”, o mais sofisticado avião de caça e superioridade aérea alguma vez construído. Atrás de mim, o meu camarada, o tenente J.Rogers, pilota um aparelho idêntico.
Ainda com a viseira levantada confiro toda a vasta panóplia de instrumentos instalados na consola frontal constituída por seis áreas distintas de cristais líquidos, comandada por um computador que funciona à minha voz.
À minha disposição está um autêntico arsenal de guerra, onde se destacam oito pequenas mas poderosas bombas teleguiadas da última geração e de grande potência que podem ser guiadas por GPS para atingir alvos com a máxima precisão, mesmo se disparadas a grande altitude. Além destas, disponho de mais duas bombas de mil libras (cerca de 500 quilos cada). Alguns mísseis e metralhadoras de 20 polegadas estão igualmente prontos a levar o inferno ao solo da Síria.
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A nós, juntar-se-ão, ainda sobre o mar, quatro f 15 “Eagle” que estão agora mesmo a levantar do porta aviões nuclear USS Nimitz, recém-chegado ao Mediterrâneo. Com eles, voaremos baixo, ainda sobre o mar, a uma velocidade de “mach 1.2”. Já sobre a Síria ganharemos altitude para que se inicie o ataque com a máxima segurança possível.
De acordo com o “briefing” recebido horas antes, todos temos missões bem precisas, quase cirúrgicas; alvos e instalações logísticas dos ocupantes terroristas da jihade islâmica.
Está exactamente na hora de levantar aqui de Chipre, porque entre nós tudo funciona ao segundo. O ponto de encontro dar-se-á dentro de cerca de sete minutos, quando estivermos prestes a atingir o espaço aéreo Sírio, onde é muito possível que nos espere uma primeira barragem de mísseis terra-ar guiados por radar.
É também muito possível que nos encontremos com os Mig-23, 25 ou mesmo com alguns Mig 29 da Força Aérea Síria mas não cremos que passem à acção, sabendo que os nosso alvos são inimigos comuns. Mas estamos preparados para qualquer eventualidade e também para contar com o reforço da aviação francesa, que está em total prontidão a bordo do porta aviões Charles-de-Gaulle que navega no limite das águas internacionais.
Baixo a viseira, fecho o cockpit, e elevo as rotações dos dois motores. Solto os travões e vou rolando na pista para alinhar o aparelho para a descolagem. Rogers segue-me de perto. Pelo intercomunicador peço autorização à torre para levantar e ouço o esperado e imediato ok. Assumo o manche, testo os “flaps” e preparo-me para o violento impulso da propulsão disponível dos dois potentes propulsores que responderão ao meu comando.
É nesta altura que o coração acelera com a adrenalina da ansiedade da proximidade da acção para a qual fomos exaustivamente treinados como pilotos de combate. Afinal somos os “top-gun”, aqueles a quem os EU confiam os mais sofisticados, caros e eficazes aviões de combate do mundo.
São 22H42; vai iniciar-se a primeira missão de bombardeamento sobre a Síria. Os facínoras que ousaram desafiar o mundo civilizado e que se auto-intitulam de “estado islâmico” vão ver o que é o próprio inferno cair-lhes em cima.
Que o verdadeiro Deus nos proteja!
1 comentário
Concordo, com o verdadeiro, …