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Ponte da Barca: Vassalo Abreu acusa que “na política não pode valer tudo”

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A conturbada realidade política em Ponte da Barca faz com que algumas vozes clamem, desde o anonimato, pelo passado. E a representação do passado mais recente em Ponte da Barca é António Vassalo Abreu e foi com ele que estivemos numa conversa descontraída e sem limitações.

 

A política em Ponte da Barca tem sofrido, nos últimos tempos, algumas reviravoltas. A vitória conquistada pelos social-democratas em outubro de 2017 fazia crer que o Concelho entraria num novo rumo. Passados pouco mais de ano e meio, o Executivo tem-se visto envolvido em várias polémicas e quisemos, por isso, ter a visão de alguém que além de conhecer muito bem Ponte da Barca e os barquenses, foi autarca durante 12 anos consecutivos.

 

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O ex-presidente começa por dizer, por entre sorrisos, que “não precisei de ir para a Universidade para me chamarem Doutor e quando me tratavam assim eu negava e, então, optavam pelo tratamento de Engenheiro”.

 

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Para ninguém é um segredo que António Vassalo Abreu é um homem habituado a lidar com a política.

A sua experiência como autarca deu-lhe o traquejo necessário para lidar com as desavenças que possam surgir dentro de um Executivo. Para ele, “aquilo que de melhor tem um serviço público”, são os seus funcionários e acredita que ali reside o sucesso duma Autarquia. “Como sabe, eu estou a viver e a gozar ao máximo a minha reforma. Estou 100% dedicado aos meus netos e à minha família e há questões que já me passam ao lado”. Mas garantes que há questões na política barquense que o têm deixado bastante preocupado. “Fui autarca desta terra, que não é minha terra, mas que gosto muito dela, durante 12 anos. E sei dos bons profissionais que aquela casa tem. Os funcionários da Câmara Municipal são mesmo muito bons, competentes, conheço-os a todos! São pessoas dedicadas e capazes. Todos deviam reconhecer isso”, afirma com percebida convicção.

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Vassalo Abreu não se aventura em respostas que possam ferir susceptibilidades, mas como homem da política que é assume. “O meu mandato foi longo. Em doze anos, é claro que se cometem alguns erros, mas no nosso primeiro ano de mandato a obra feita foi muita e ao longo de doze, muita mais. Repare que, para nós, a questão das dívidas deixadas pelo anterior mandato não era sequer um tema de conversa. Fizemos muita obra!”

 

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Relembre-se que no passado mês de fevereiro, Inocêncio Araújo, candidato à Câmara Municipal de Ponte da Barca pelo Partido Socialista e ‘pupilo’ de Vassalo Abreu, viria a subir hierarquicamente no Executivo, a convite do Presidente Augusto Marinho, ficando desta maneira como vereador a meio tempo na autarquia, logo após o afastamento da então Vice-presidente, Maria José Gonçalves. Sobre esta movimentação no seio do Executivo barquense, Vassalo Abreu é taxativo: “Não tenho nenhum comentário a fazer acerca dele (Inocêncio Araújo. Só reafirmo que na política não pode valer tudo. Mas reservo-me a comentários”, vincou.

Está a viver uma das épocas mais felizes e calmas da sua vida, segundo confessa, mas o “bichinho” da política jamais o abandona. Confidencia que é um “homem atento”, que “gosta de estar informado e ainda hoje, recebe o carinho dos populares” que, por vezes, e pela força do hábito, ainda lhe chamam “Presidente”.

 

O futuro ninguém consegue prever, mas a Vassalo Abreu – até pelas raízes criadas – pode prognosticar-se de promissor.

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