Joaquim Letria
Professor Universitário
A economia portuguesa e aquilo que seja que ela vale está à venda. Os activos que passam de mão portuguesa para controle estrangeiro não param.
Só em Dezembro a Altice desfez-se de metade da sua rede de fibra óptica, entregue à Morgan Stanley Infraestructures. O grupo Vasco de Melo e o seu parceiro Arcus vão vender 80 por cento dos seus direitos de voto na Brisa. A EDP vendeu seis barragens a um consórcio de empresas francesas liderado pela Engie. E ainda e também a Altice transferiu para um grupo do Bahrein 85% da gestora dos fundos de pensões da TLP, da Marconi e da TDP.
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O alívio das dívidas das empresas portuguesas e o regresso da confiança são um desengano. Portugal está à venda.
Após a terrível destruição da riqueza nacional da era de Sócrates e da troika, incluindo a entrega da PT e do capital nacional da EDP, mais a banca, hoje dos espanhóis ou dos angolanos, o Estado português continua a sangrar recursos.
Aqueles que gerem isto tudo ou não sabem negociar ou deixam que os enganem , sem contrapartidas que desconhecemos ou outras que venham, mais tarde, a ser descobertas.
Gostava que os homens de negócios, os patrões portugueses, pudessem ter acesso a tudo isto e pudessem ficar com a nossa riqueza nacional e estratégica nas suas mãos portuguesas.
Mas será que lhes facilitam essa abertura, que lhes abrem as vias de acesso para alcançarem semelhante objectivo e para que assim seja?
Oxalá assim fosse. Infelizmente, tenho muitas dúvidas, o que é lamentável. Queira Deus que assim pudesse ser, para bem de todos nós.