Editorial

PORTUGAL TEM A ELETRICIDADE MAIS CARA DA UE
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Jorge VER de Melo

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Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

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Já em junho de 2017 se verificou que Portugal tinha a eletricidade mais cara da Europa.

Mas presentemente, tendo em conta o poder de compra em cada país da UE, Portugal é aquele que possui realmente a eletricidade mais cara.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Mesmo assim, com ou sem poder de compra, o nosso país apresenta-se nos lugares cimeiros, pelas piores razões, nas conclusões dos estudos do Eurostat, (organismo oficial de estatística da União Europeia), em 2017.

Segundo eles, somos o terceiro Estado-membro da União Europeia que paga a energia elétrica e o gás com preços mais elevados.

 

Senão vejamos, os dez países que pagam mais caro, numa sequência de preços da eletricidade em kilowatt/hora:

1.      Bélgica—- 0,28

2.      Dinamarca—- 0,27

3.      Portugal—- 0,24

4.      Irlanda—-0,21

5.      Áustria—- 0,19

6.      Grécia—-0,18

7.      Reino Unido—- 0,17

8.      Letónia—- 0,17

9.      França—- 0,17

10.  Malta—-0,16

Preço do gás em Kilowatt/hora

1.      Suécia—- 0,12

2.      Irlanda—- 0,10

3.      Portugal—- 0,09

4.      Dinamarca—- 0,09

5.      Holanda—- 0,08

6.      França—- 0,07

7.      Áustria—- 0,07

8.      Rep. Checa—- 0,06

9.      Bélgica—- 0,06

10.  Eslovénia—- 0,05

Agora vejam alguns intervenientes que influenciam estes preços:

– Cabaz energético nacional;

– Custo da rede;

– Situação geopolítica;

– Condições meteorológicas.

Salientam-se no resultado dos preços, as rendas abusivas que são pagas ao setor energético e as prioridades políticas. Sim, se existir vontade política, provavelmente, os custos poderiam baixar bastante.

É que estamos a pagar:

– O valor do IVA;

– O imposto camarário;

– A taxa da passagem nos solos;

– A taxa para a Direção Geral de Energia;

– E ainda o imposto especial de eletricidade.

Mas o grande problema reside no preço abusivo do transporte da energia que é pago à REN.

Por isso, António Mexia e João Manso Neto, são arguidos por suspeita de corrupção e participação em contratos de negócios pouco claros, entre o Governo e as empresas do setor energético.

Será que neste alegado caso vamos finalmente assistir ao cumprimento da justiça com o respetivo castigo a quem se portou mal, seja ele quem for?

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