Todos conhecemos esta luta de pessoas que sacrificaram o convívio com familiares e amigos para partirem por esse mundo fora tentando assim adquirir aquilo que aqui, no nosso Portugal, não lhes foi possível conseguir.
É uma situação que já remonta de há muitos anos por falta da competência dos nossos Governantes em promover o emprego devidamente remunerado à semelhança do que acontece nos outros países civilizados da Europa e do resto do mundo.
Foi com um sentimento muito especial que assistimos à reportagem feita pela RTP nos EUA onde demonstram com bastante clareza, a importância que a RTP Internacional teve para todos os porugueses e seus descendentes que lá vivem.
David Simas, luso-americano nomeado em 2016 CEO (Diretor-Geral) da Fundação Barack Obama em Chicago, antes da fama obtida politicamente, geriu uma manifestação em Taunton para revindicarem o facto de a empresa exploradora da tv por cabo, obrigar ao pagamento de uma taxa, para verem a RTP Internacional.
Sem ela não conseguiam conservar o desejado elo de ligação com tudo que vai acontecendo no mundo português, especialmente com a língua e as imagens das suas origens.
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Estes emigrantes, com a ajuda de David Simas, negociaram as transmissões totalmente gratuitas. É que os manifestantes propuseram-se dispostos a entregar as Boxs das telecomunicações caso isso não acontecesse.
O problema por cá é sempre o mesmo, a RTP não dispunha de verbas para pagar a transmissão dos seus programas e por isso foi necessário que os nossos emigrantes resolvessem o problema numa manifestação com cerca de 15000 pessoas, no dia 1º de Maio de 1994.
É muito agradável ver a saudade, recheada de orgulho, que todas estas pessoas manifestam pelo seu país.
Já sentimos na pele essa situação quando estivemos dois anos na “guerra do ultramar”. Na verdade, é lá fora que mais necessidade temos das notícias de Portugal, de sentir o orgulho da importância dos nossos compatriotas no mundo.
Tudo isto nos enche o ego quando estamos longe deste “paraíso à beira mar plantado”.
Parece impossível como um indivíduo luso-americano, da pequena cidade Taunton no Massashutts, consegue evidenciar-se politicamente nos EUA e chegar à Casa Branca como Assessor de Barack Obama. Este Ex-Presidente dos EUA considerava (David Simas) seu “braço direito”.
Na análise dessa situação, o nosso luso-americano, afirma que foi evidente:
– A memória das origens;
– A cultura popular;
– A capacidade de negociar;
– E até a comunicação suficientemente eficiente para juntar tantos interessados pela cultura portuguesa.
As pessoas têm desejos tão simples como: ver imagens de Portugal, ouvir falar português e conseguir estar informado de algo que vai acontecendo neste país.
Isto sim, é fazer política.
Por isso ele chegou à Casa Branca num lugar de destaque, sem cunhas nem atropelamentos mas sim com a ajuda comprovada do seu anterior trabalho. Mostrou estar preparado para resolver os problemas das pessoas. É para isso que os políticos lá estão!…
Porque razão os portugueses são tão competentes fora do seu país e aqui não?
Será que enquanto uns trabalham, outros atrapalham?
Às tantas é mesmo isso…