Manuel Rodrigues
Professor
Muito se tem falado do “Prédio Coutinho”, o PC.
Surgiu agora a notícia de que o arquiteto/autor do 1º projeto para o novo mercado municipal, a implantar no local, se mostrou indignado pelo facto de a Autarquia ter decidido pedir um novo projeto a um novo arquiteto!… Percebe-se a indignação.
Mas afinal, para quê outro mercado municipal se o que existe, pese embora as manifestações iniciais bem audíveis aquando da sua deslocalização, é bom. Foi um ótimo aproveitamento do antigo edifício da EPAC e que poderá ser ainda melhorado.
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– A área que envolve o atual mercado municipal é vasta, paredes meias com o Horto Municipal, com a Cooperativa Agrícola e próximo do estabelecimento prisional, vulgo Cadeia. A Autarquia, tal como fez a Viana Pólis para o PC, poderá tomar a decisão de requerer a posse administrativa daquela área para utilidade pública, quer negociando com os proprietários abrangidos pela expropriação, quer estabelecendo um acordo com o Ministério da Justiça para a deslocalização da Cadeia.
– Depois, que se urbanize adequadamente toda a área conseguida, que bem merecia ser requalificada. Pressente-se, que no final os munícipes iriam ficar orgulhosos do seu restruturado Mercado Municipal, que incluiria todos os serviços úteis atualmente existentes no local como, por exemplo, a Cooperativa Agrícola. Seria um Mercado Municipal pleno de modernidade, com outra dimensão, com outras valências, como Viana nunca teve.
E podendo ser assim, então por que desconstruir o PC?…
Na fase em que este longo, penoso e caro processo se encontra, um retrocesso para manter o PC parece um cenário que começa a ficar distante. Tudo se configura para que o edifício venha a ser desconstruído. Não se vislumbra, que outra coisa diferente possa vir a acontecer!
Mas a concretizar-se a demolição, porque será disso que se trata, a Autarquia deveria repensar o excelente espaço que vai surgir. Que bem ficaria uma praça elegante, de traço fino (em Viana, arquitetos capazes não faltam), praça para fruição intensa dos vianenses e de quem nos visita, espaço aberto ao Jardim Municipal e à Marina, capaz de enquadrar na perfeição a Capela das Almas e a Igreja de S. Bento.
Seria a “PRAÇA DOS EMPREENDEDORES VIANENSES“, com direito a memorial.
E enquanto o processo decorre, o que se pede é contenção nas atitudes e nos procedimentos, a bem de Viana e dos munícipes.