Praia do Forte do Cão ou da Gelfa?!!!

Joaquim Vasconcelos

(Engenheiro e Ambientalista)

           

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O litoral de Caminha não se entende com o ambiente!

É o que se conclui das inúmeras agressões à natureza. Com a entrada dos “ fundos comunitários”, houve uma explosão de empreendimentos cujos prazos de execução e a Rede Natura não são respeitados, e como ‘não existem’ milhões de portugueses no limiar da pobreza , há que duplicar a ciclovia Vila Praia Moledo” ou criar uma Marina em Vila Praia de Âncora para colocar os barcos a tomar banhos de Sol, na “praia do Portinho”.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

                 

A situação é tão visível, que nem os critérios para atribuição da bandeira azul são respeitados de tal forma que mudaram o nome da ‘Praia da Gelfa para ‘Forte do Cão’!…

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 Mais uma vez se confirma que, de facto, a bandeira azul não passa de uma atribuição pouco credível, pois embora o ano passado, durante mais de um mês (Agosto) a praia da Gelfa, agora ‘rebaptizada’ de Forte do Cão tenha estado cheia de sargaço, não deixaram de lhe atribuir aquele símbolo de qualidade.

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Nos critérios imperativos para atribuição da bandeira azul refere-se que:

(I) A praia deve ser mantida limpa.

(I) Inexistência de acumulação de algas ou restos de materiais vegetais arrastados pelo mar na praia…..

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Mas também refere que:

“Uma praia que não cumpre todos os critérios imperativos não poderá ser galardoada com a Bandeira Azul.”

Nem depois de serem alertados por frequentadores dessa praia, as algas estiveram á volta de um mês lá depositadas.

Além do já referido, essa mesma praia, conhecida por praia da Gelfa, na atribuição da bandeira azul, designaram-na de praia do … Forte do Cão!…

Parece-me que praia do Forte do Cão é mais uma daquelas designações desapropriadas devido à distância a que se encontra daquele. A designação de Praia da Gelfa, tendo em atenção a sua localização no topo Sul da Gelfa, deveria manter-se.

Será que há responsáveis que para demonstrar que são os DDT (donos de tudo isto), julgam que isto é o seu ‘quintal’ e acham que devem alterar a toponímia?

É certo que esta gente parece não se preocupar com o dinheiro dos contribuintes, mas sim em manter os seus “tachos” e confundir o povo português que lhes paga ordenados principescos.

Por vezes não se percebe quais as razões, se é propositado ou para esconder certos trabalhos que fazem, se é para duplicar obras, para enganar o “zé povinho” ou se é mesmo por falta de planeamento.

Esta “esperteza saloia”, se for para continuar com esta designação, irá obrigar à sua correcção, embora seja pouco mais, e será novamente dinheiro mal gasto que o povo português terá de pagar.

No entanto, a sinalética existente na estrada nacional EN13 e mesmo a municipal, já muito próximo da referida praia, também designa de praia da Gelfa. O que prova que parece ter havido necessidade de fazerem essa alteração. Será que foi para ter bandeira azul?…

               

 

É certo que para a atribuição da “bandeira azul” existem várias entidades responsáveis.

Desde o Ministério do Ambiente, através da APA-(Agencia Portuguesa do Ambiente) e uma série de ONGA, como a Quercus a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), que faz parte  da Fundação para a Educação Ambiental (FEE), organização internacional, que coordena a atribuição dessas bandeiras, ou não foram ouvidas ou não respeitaram os ditos critérios imperativos.

Sabemos que o “Programa Bandeira Azul” tem como fundamento promover o desenvolvimento sustentável em áreas costeiras. Coisa que não está acontecer no litoral minhoto.

No entanto, de acordo com as referências da Quercus, esta associação só se pronunciou relativamente á qualidade da água e a partir das análises recolhidas pela Agência Portuguesa do Ambiente – APA. Quanto aos outros critérios, nada é referido!

Quanto à educação ambiental, pergunto-me que educação ambiental conseguem fazer se os critérios não são respeitados?!!!

A sinalética é aquilo que se pode ver nas placas que indicam o acesso aquela praia e demonstra uma imagem negativa para um Turismo que se quer de qualidade. Dentro dos critérios para atribuição de bandeira azul, não se conhece nenhum critério que faça referencia à sinalética, porque talvez não passasse pela cabeça dos seus promotores a existência duma situação destas.

 

                              

geral@minhodigital.pt
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