«Prémios de encomenda pagos a preço de ouro» – Oposição acusa maioria Socialista na Câmara de Caminha

Caracteriza estar-se perante «Mais um contrato e mais uma trapalhada». 

«O município de Caminha, representado pelo atual presidente da Câmara Rui Lages, recebeu,  no passado dia 3 de novembro de 2022 um prémio, supostamente, de melhor Município para viver promovido pelo INTEC» – a acusação é da oposição no Executivo Municipal caminhense.

Na altura, a Coligação O Concelho em Primeiro (OCP) chamou à atenção para o facto de ser um prémio alegadamente pago com o dinheiro de todos os contribuintes e para o qual tinha sido feito um contrato que suscitava dúvidas relativamente à sua legalidade.

«Ou seja, o serviço foi prestado antes ( o estudo feito pelo INTEC que daria acesso ao prémio recebido) e o contrato foi feito depois, o que não pode acontecer. A data do contrato, que está público na plataforma basegov coincide com o dia em que Rui Lages recebe o prémio em Coimbra» – acusa a oposição que caracteriza s conduta como «Uma situação semelhante à que está a levar a julgamento Miguel Alves e Manuela Couto».

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A OCP lamenta ainda o dinheiro gasto num estudo deste tipo, que «não reflete a realidade de um país e num concelho onde há tanta falta de dinheiro plasmado nos atrasos de pagamento a fornecedores como à Luságua ou as dividas à Pólis entre outras» e que considera que «foi dinheiro deitado fora, novamente, mais para promover a imagem do presidente da câmara Rui Lages, exatamente como o seu antecessor o fazia, do que para promover o concelho».

Destaca ainda que «estes 15 mil euros somados aos 369 mil euros do CET davam para aprovar as recomendações de baixa dos impostos municipais para as famílias do nosso concelho, apresentadas pela Coligação em Assembleia Municipal de novembro de 2022  e que foram chumbadas pela maioria do PS».

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Relativamente ao Relatório a OCP admite, ainda, «falta de rigor no estudo que as gralhas saltam à vista quando se lê».

O documento começa com uma caracterização do concelho de Caminha que «apresenta  erros de palmatória: refere Caminha como sendo uma cidade; que o município faz fronteira a este com Ansião e Alvaiázere; que a cidade de Caminha possui uma via marítima através do Ferryboat de Santa Rita Cássia e que a praia de “Modelo” e a Feira de Todos os Santos são dos locais/festividades mais importantes».

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Erros que, assegura, «refletem falta de rigor da informação, de quem não conhece o concelho mas cobrou 15 mil euros por este estudo».

«Soubemos, pela leitura do documento, que este se baseou em 174 inquéritos realizados à população do concelho, sendo a amostra constituída maioritariamente por população sem filhos em idade escolar (72,4%). Ou seja, uma amostra que não chega para fazer correspondência com a realidade do concelho de Caminha», razões pelas quais «Os resultados deste relatório apresentam-se em dois tipos: objetivos e subjetivos», sendo que «Quanto aos primeiros, o concelho de Caminha destaca-se com valores muito fracos, quando comparados com a média dos municípios participantes».

E complementa que «A população do concelho entrevistada, e isto sem considerar as famílias com filhos que vivem dificuldades gravíssimas, perceciona o município de forma negativa, segundo o estudo, em vários dos subtemas em análise: Economia e Emprego, Mobilidade e segurança rodoviária e Bem-estar».

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Os munícipes mostraram-se «insatisfeitos» com a «satisfação global com a vida na atualidade» e «pessimistas» quando a questão era «Otimismo em relação ao futuro».

«A falta de rumo político, como seria de esperar, é um sinal vermelho na vida dos munícipes levando à insatisfação face à sua vida na atualidade e pessimismo face ao futuro.»

A oposição aos socialistas na autarquia realça que «Estranhamente, o presidente da Câmara não refletiu isto nas suas aparições e declarações públicas, andando só de fotógrafo atrás e assessoras pessoais e de imprensa, com o prémio na mão tentando passar uma imagem que não corresponde com a realidade».

A Coligação O Concelho em Primeiro, que tem feito diversas propostas «estratégicas», tanto em reunião de câmara como em Assembleia Municipal, para «melhoria da vida» dos caminhenses, tem visto «tudo chumbado» pela maioria socialista. «Não aceitam uma única ideia!» – sublinha.

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A coligação não reconhece mérito a este prémio porque alegadamente só visou 20 concelhos de 308 que existem no País, porque «só esses é que pagaram».

Considera que esse dinheiro era «necessário para obras que realmente fazem falta no nosso concelho».

«O presidente mudou, mas a forma de gastar o dinheiro que é de todos para pagar assessorias de imagem e comunicação a Rui Lages mantém-se na mesma linha de atuação, em detrimento do progresso efetivo e realista do concelho de Caminha», enfatiza a oposição para quem se está perante «Mais um presidente que não vai a lado nenhum sem uma câmara fotográfica atrás».

E sentencia: «Isto não é gestão municipal nem estratégia para o concelho,  é um tipo de campanha eleitoral a tempo inteiro para promoção pessoal com o dinheiro que é de todos os munícipes».

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1 comentário

  1. Caminhenses! Tende em atenção o proverbio antigo, muito antigo!
    Filho de Gato, caça Rato!

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