Presente envenenado do Tribunal para Luís Cunha

Como o Minho Digital já noticiou anteriormente, o Agrupamento de Escolas de Monção viveu três anos lectivos num processo atribulado e difícil de agregação com sucessivas Comissões Administrativas Provisórias, interferências políticas ao mais alto nível das estruturas partidárias e processos nos tribunais. Finalmente, no passado dia 12 de Outubro o director eleito tomou posse e Sérgio do Nascimento Gonçalves, em entrevista ao Minho Digital na passada edição, transmitiu uma mensagem de diálogo e confiança no presente e no futuro.No rescaldo desta história, apenas restam dois processos no Tribunal Administrativo, ambos tendo como autor Luís Cunha que, recordamos, intentou esta acção como encarregado de educação mesmo não tendo já qualquer filho a estudar no Agrupamento de escolas de Monção, atuando presumivelmente como “testa de ferro” do ex-diretor do Agrupamento de Escolas Joaquim Lobo Pereira e da candidata a directora Amélia Pires Novo, com quem é visto frequentemente nos cafés de Monção.
O MD teve conhecimento que esta semana saiu final e tardiamente a sentença do Tribunal relativo a estes processos, em que o autor requeria a impugnação da eleição do Presidente do Conselho Geral Transitório, João Vilar. Para isso punha em causa a constituição do CGT, pretendendo retirar deste órgão Carlos Vilarinho e Jorge Fernandes por terem sido eleitos no dia seguinte, na chamada Lista B, com o objectivo claro de substituir, através do Tribunal, dois pais do Conselho Geral Transitório para ficar com maioria no órgão e criar condições de apresentar como candidata e eleger Amélia Novo como directora das escolas de Monção.

O Tribunal decidiu dar razão ao autor do processo, de uma forma ‘envenenada’, invalidando a eleição de João Vilar como Presidente do Conselho Geral Transitório, mas decidindo que a lista de pais que deve estar no Conselho Geral transitória é a lista B, constituída por Nuno Duarte Rodrigues, Carlos Vilarinho, Jorge Fernandes, Margarida Alice Amaral e Maria Teresa Fonseca. O autor da acção, Luís Cunha, assim como Sandra Silva e Gorete Alves deixam de fazer parte do Conselho. É um verdadeiro ‘tiro no pé’ de Luís Cunha que ganha a causa, mas sendo excluído do Conselho e entrando cinco elementos das outras associações de pais, o que levará previsivelmente à eleição do mesmo presidente do Conselho Geral e do mesmo Diretor do Agrupamento de Escolas, mas desta vez com uma maioria ainda mais expressiva.
Luís Cunha teve a oportunidade de retirar o processo do Tribunal como lhe foi solicitado por muitas pessoas e ficar colocado na opinião pública como o “salvador” da escola, mas sempre teimosamente recusou desistir.
Esta sentença é passível de recurso que se “arrastará” nos tribunais vários anos até uma decisão definitiva, pelo que as escolas de Monção continuarão a ser dirigidas pela actual Direcção e com um novo Conselho Geral que será eleito já em Janeiro de 2016.

O Agrupamento de Escolas de Monção vive momentos de tranquilidade sendo o maior bem a conseguida despartidarização. A eleição e consequente tomada de posse do Prof. Sérgio Gonçalves é irreversível, mas o Minho Digital continuará a fazer o rescaldo destes processos e revelará na próxima edição as reacções da Autarquia, do Diretor, do Presidente do Conselho Geral, do autor do processo. 

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Nuvem do Minho
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