PS candidata Dora Brandão para “ganhar a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez”

logotipo_ps_3

Após meses de convites e recusas – foram alguns os nomes sondados –, Dora Brandão é a candidata do PS à Câmara Municipal de Arcos de Valdevez. Sob proposta do Secretariado, a Comissão Política decidiu, por unanimidade, ratificar, esta quarta-feira, 22 de março, o nome que já havia sido aprovado há meses por aquele órgão.

O longo impasse ficou a dever-se ao facto de Dora Brandão ter hesitado em avançar e por isso é que foram feitos alguns convites com o intuito de candidatar alguém “abrangente”, que se aproximasse da linha política do PS, e com notoriedade para entrar no “eleitorado de direita”.

As evidências e as fontes cruzadas revelam que o PS andou “à procura” de um candidato de rutura (Germano Amorim, de certeza, e Francisco Araújo, possivelmente o primeiro a ser sondado), mas a líder e os emissários foram colecionando negas, acabando a escolha por ficar cingida à líder da Concelhia, que, desde a primeira hora, era a preferida do Secretariado. Quem, pelo caminho, declinou o convite, dizem os observadores, foi lúcido o suficiente para não embarcar em aventuras – o PSD, mesmo com equipas assim-assim, “arrisca” continuar a ganhar.

A diligência do PS pelo candidato “abrangente”, ou seja, originário de outro quadrante político, terminou e a presidente da Concelhia Socialista concorre a umas autárquicas particularmente difíceis para o partido. Desde logo, porque existe a perceção de que o PS pode perder o segundo vereador, provavelmente para o PSD, que registou, há quatro anos, o segundo pior resultado de sempre. E, depois, há “fraturas” no PS de Arcos de Valdevez, com destacados militantes pouco mobilizados para a batalha do próximo outono.

PUB

“Sem receio”, a candidata do PS reconhece que o terreno é “hostil”, mas diz que o objetivo é “ganhar a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez”.

E, no mesmo tom, concretiza. “Estou confiante em alcançar um bom resultado, pois esta candidatura tem tudo para dar certo. Há muitos independentes que me apoiam, a juventude e o eleitorado feminino também são elos fortes e as pessoas ligadas às associações estão do nosso lado. Reveem-se todos nesta candidatura e sabem que a minha vida tem sido feita nos Arcos e para os Arcos”, reforça Dora Brandão, de 53 anos.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

 

Fações em conflito

PUB

Contra algumas vozes dissonantes, os dirigentes mais próximos da presidente da Concelhia Socialista asseguram que o anúncio da candidatura de Dora Brandão cumpriu o calendário gizado internamente, que é uma escolha natural e que é a pessoa certa para um “virar de página”. Porém, segundo outros, a “novela” fecha tardiamente com Dora Brandão reunida à mesa com aqueles que, por princípio, não dizem “não”.

Seja como for, para o círculo de lealdade político-partidária, é de coragem Dora Brandão ir à luta no atual contexto em que o PS tem tudo a seu desfavor. Todos sabem que as eleições se ganham com pessoas e ideias, mas a retaguarda é que dita “leis”. E, neste concelho, onde o PS nunca foi poder, é o PSD que tem “aparelho” e “máquina” montados há anos e muitos lugares de influência para oferecer. Muitos “tachos”, é certo, mas não os suficientes para satisfazer a militância toda. Daí que sobrem dissidentes e se adense o desagrado junto de algum eleitorado social-democrata que está fora dos “corredores” de decisão.

Mas o ambiente no PS também não vai ficar pacificado com a candidatura de Dora Brandão. Sem grande discrição, alguns militantes, descontentes com o rumo que tem vindo a ser traçado pelos órgãos concelhios, antecipam um mau resultado. Dizem que a candidata Dora Brandão, que é atual deputada municipal, não tem sido uma voz incómoda na oposição, mas o “palco” que está a ser dado a jovens como Sandrina Parga ou João Carlos Simões “resulta de uma decisão ponderada e trabalhada em equipa”, segundo declarou ao Minho Digital a candidata Dora Brandão, interessada em preparar o futuro e “abrir caminho” à juventude.

PUB

Com um longo passado político, Dora Brandão já exerceu o cargo de vereadora da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez durante 12 anos e, a cerca de seis meses das próximas autárquicas, almeja conseguir o quarto mandato. Uma marca que (só) terá especial significado se for no papel de presidente do Município…

 

 

 

PUB

 

 

PUB
  Partilhar este artigo
Nuvem do Minho
PUB

Junte-se a nós todas as semanas