Já depois de se ter congratulado com a nomeação de Tiago Brandão Rodrigues para Ministro da Educação do novo Governo da República, em palavras de reconhecimento que foram partilhadas por toda a Assembleia e que motivaram um voto de louvor conjunto do PS e do PSD, o grupo parlamentar social-democrata, representado na sessão da Assembleia Municipal de 11 de Dezembro por Dinis Fernandes, apresentou uma moção dirigida ao novo Governo do PS.
Nesse documento, o PSD local exige o rápido cumprimento de promessas eleitorais que os socialistas terão passado os últimos anos a fazer à população courense, designadamente, a reabertura do tribunal, a ligação à A3, a reversão da agregação administrativa de freguesias e a diminuição do número de alunos por turma para as zonas de densidade demográfica mais reduzida. A estas exigências, o PSD juntou ainda aquela que tem sido uma das medidas-bandeira do partido no concelho: a reabertura do serviço de urgência. Esta moção do PSD mereceu críticas por parte do PS, que acusou os social-democratas de incoerência ao defenderem ideias que calaram na altura em que o governo da coligação lhes foi contrário. Apesar de se mostrar convicta que o tribunal será recuperado e que o processo de reorganização administrativa das freguesias será reaberto para dar oportunidade às localidades de se voltarem a pronunciar, Rosalina Martins instruiu a sua bancada a votar desfavoravelmente esta moção, argumentando que o Governo do PS está “a dar os primeiros passos” e que não seria correcto começar desde já a fazer exigências, lembrando que é um Governo que tem o apoio parlamentar de outros partidos e que todos os assuntos terão assim que ser previamente negociados.
O PSD reagiu ainda negando qualquer tipo de incoerência e afirmando sempre ter defendido as medidas que agora reclama e procurou ainda demarcar-se das medidas tomadas nos quatro anos anteriores pelo Governo da coligação, dizendo que não se pode confundir o PSD nacional com o PSD local.