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PSD DE MONÇÃO ‘ROEU A CORDA’

António Barbosa

Como o Minho Digital avançou, para ontem à noite (6ªfeira), estava marcada uma Assembleia Municipal onde seria apreciada e votada uma proposta do Executivo para a rescisão do contrato com o Ministério da Educação que se recusa a homologar a recente eleição do Diretor do Agupamento de Escolas de Monção.

Augusto Domingues, presidente da Câmara Municipal (CM) comunicou que meia hora antes do início do plenário teria recebido um telefonema de António Leitão Amaro, na qualidade de Secretário de Estado da Administração Local, solicitando ao autarca que não tomassem qualquer posição na medida em que no dia 9 seria resolvida a questão em litígio. Ou seja, para o período pós eleitoral … Estranha-se, contudo, que não tenha sido o Ministério de Nuno Crato a fazê-lo, como deveria!

António Barbosa, vereador do PSD, que tal como os seus colegas se tem mantido ao lado da autarquia e inconformado com o ambiente que há 3 anos se vive na comunidade escolar, pediu a palavra. Também ele recebera o mesmo telefonema mas desde o início da sua intervenção se notou que algo o motivaria para recuar nas suas convicções. Recordamos que há apenas 2 dias antes, Carlos Abreu Amorim reuniu à pressa e à noite, membros da vereação e da Assembleia Municipal do PSD. O cabeça de lista pela coligação PAF tentou, em vão, demover os presentes a não votarem a proposta do PS a apresentar na Assembleia Municipal.

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Ontem, no plenário, antes da discussão deste ponto foi feita uma paragem técnica para que que cada força política se reunisse por uns minutos a fim de tomar uma decisão –  paragem esta que devia ter durado 15 minutos mas prolongou-se por mais de meia hora, sendo o PSD o último partido a regressar aos trabalhos porque havia sérias divisões dentro do grupo sobre este assunto.

A reunião reatou-se por volta da meia noite e após a discussão, Armando Fontainhas (líder da bancada dos social democratas), sugeriu – e foi aceite – que se votasse a suspensão deste ponto da ordem de trabalhos e posta à votação a proposta da autarquia (rescisão com o MEC). A mesma não passou com o resultado de 20 votos a favor (PS e independentes) e 23 contra (PSD e CDS/PP). De referir que o vereador ‘popular’ Abel Baptista estava ausente mas, segundo é público, sempre que tal acontece – e são muitas as vezes – é substituído pelo elemento seguinte da lista. Mas nem aquele apareceu!

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O público, após a divulgação dos resultados quando já passava da 1:00 hora da madrugada, manifestou-se indignado, sendo clara a unanimidade em torno do apoio ao presidente Augusto Domingues e seus vereadores.

À saída, o social democrata António Barbosa foi abordado por muitos dos presentes no público e ligados ao PSD, com alguns deles a criticarem em tons mais contundentes, mostrando indignação pelo surpreendente recuo.

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Com mais novo arrastar de uma eventual decisão para o dia 9, como sugeriu o Secretário do Estado, torna-se mais que óbvio que se pretende adiar por receio das consequências na campanha eleitoral e eleições do dia 4. Não terá sido por acaso que o Ministro Crato havia prometido a Augusto Domingues quando este foi a Lisboa que durante o fim de semana que se aproximava, o governante iria fazer outras diligências, comprometendo-se a comunicar os resultados ao autarca até 2ªfeira –  coisa que não fez! Nem mandatou alguém do seu Ministério, antes o substituindo um Secretário de Estado de outra área que não a Educação e que andou a fazer os telefonemas relatados.

António Barbosa, principalmente, «saiu muito mal desta história, pôs-se a um nível muito, mas muito inferior às expectativas de muitos que acreditaram e votaram nele», disse-nos um seu companheiro de partido. Na verdade, este jovem autarca que se notabilizou com uma coerência reconhecida mesmo por outros quadrantes políticos que agora «não escondem a desilusão», poderá ter dado um ’tiro no pé’ e se o problema da comunidade escolar não for resolvido até 9 de Outubro, o ónus da derrota e do fracasso cairá sobre ele. ‘Armadilhado’ pelos seus próprios correligionários, a António Barbosa não sobrarão argumentos políticos credíveis para se tentar redimir das referências perdidas …

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António Leitão Amaro – Secretário de Estado da Administração Local

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