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PSD reforça maioria absoluta nos Arcos com mais dois vereadores

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João Manuel Esteves engrossou a maioria absoluta à frente da Câmara de Arcos de Valdevez, ao conquistar seis dos sete lugares de vereação, mais dois do que no mandato anterior. A candidatura social-democrata subiu 14,67% na votação, passando de 53,14% para 67,81%. O domínio avassalador do PSD também se refletiu na Assembleia Municipal, com a reeleição de Francisco Araújo, que conseguiu 58,99% dos votos (mais 9,32% do que em 2013).

Os festejos começaram assim que os resultados começaram a chegar à sede de candidatura do PSD, onde se concentraram muitos militantes e apoiantes, mas João Manuel Esteves e Francisco Araújo só fizeram os discursos de vitória depois das 22.30. O edil reconduzido, com vivas aos “Arcos”, agradeceu o “apoio dado pelos milhares de pessoas que acreditaram na mensagem do PSD”, comprometendo-se, de seguida, a aglutinar “todos os arcuenses” em prol da “construção do futuro de Arcos de Valdevez”. Por seu turno, o presidente da Assembleia Municipal reeleito sublinhou que o resultado destas eleições é “uma vitória pela nossa terra e pelo nosso concelho” e realçou o “apoio”, o “envolvimento” e a “crença” dos arcuenses na “equipa” e no “projeto” de João Manuel Esteves.

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O presidente de Câmara reeleito para um segundo mandato somou 9674 votos (mais 1837 preferências do que há quatro anos), quase quadruplicando os votos atribuídos a Dora Brandão, que se ficou por 2523 boletins, o equivalente a 17,68% (menos 1347 votos do que Fernando Cabodeira, que arrecadou 26,24% em 2013). A grande derrotada destas eleições, na terrífica noite de 1 de outubro, disse “respeitar a opção dos arcuenses” e, com esperança no futuro, elogiou a “dinâmica da gente nova candidatada pelo PS às freguesias”.

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Também o CDS sofreu um “trambolhão” em relação à votação de 2013, baixando de 11,44% (1687 votos) para 5,62% (802 votos). O candidato Fernando Fonseca, apesar de lamentar a perda do mandato na vereação e o “desfalque” de três deputados municipais, promete “continuar a lutar pelas propostas do CDS” para dar voz “aos eleitores que confiaram o voto no CDS”. Inversamente, a CDU foi o único partido da oposição que viu a votação aumentar, embora ligeiramente, passando de 3,24% (478 votos) para 3,86% (551 votos). Segundo Filipe Faro, os números gerais da coligação constituem uma “vitória da CDU em toda a linha”.

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Fruto destes resultados hegemónicos, a “mancha laranja” passará a brilhar muito mais na Câmara Municipal, já que desta feita o partido que é sinónimo de poder nos Arcos desde 1976 elegeu seis dos sete mandatos no referido órgão. Aos reeleitos João Manuel Esteves, Hélder Barros, Belmira Reis e Olegário Gonçalves, juntam-se agora Emília Cerdeira e Nelson Fernandes, que o PSD estreou nestas andanças. Esta “corrente” social-democrata é apenas contrariada pela socialista Dora Brandão.

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Igualmente folgada, mas menos esmagadora, foi a vitória do PSD para a Assembleia Municipal, onde Francisco Araújo ganhou com 58,99% (o equivalente a 8416 votos). O PS, que candidatou Madalena Alves Pereira, conseguiu 19,28% (2750 votos) e o CDS, com Álvaro Amorim e encabeçar a lista, ficou-se por 7,26% (1036 votos). Enquanto isso, a CDU, com 4,98% (710 votos), e o PDR, com 3,55% (507 votos), liderados por Romão Araújo e Filipe Leite da Costa, respetivamente, foram as surpresas no espetro político da oposição. Contas feitas, os 37 deputados municipais ficaram assim distribuídos: PSD (24), PS (sete), CDS (três), CDU (dois) e PDR (um), sendo este uma novidade absoluta no “xadrez” político arcuense.

Nas juntas de freguesia, o PSD aumentou o número de presidências, quando ainda falta saber quem levará a melhor na freguesia de Miranda, depois do empate registado no passado dia 1 de outubro. No balanço dos 35 presidentes sufragados, o Partido Social Democrata detém 29 autarquias (mais duas do que há quatro anos), o PS duas (Jolda São Paio e Távora Santa Maria e São Vicente) e as restantes quatro apuradas estão nas mãos de movimentos independentes (Padroso, Vale, S. Jorge/Ermelo e Arcos (Salvador)/Vila Fonche/Parada). Em termos percentuais, as preferências manifestadas nos autarcas candidatados pelo PSD às assembleias de freguesia cifraram-se em 54,29% (mais 2,8% face ao ato eleitoral de 2013).

Sintetizando: o que resulta das eleições autárquicas do passado dia 1 de outubro é a força esmagadora do PSD nos Arcos. Mais dois vereadores, mais quatro deputados municipais, mais duas juntas e mais cinco mandatos nas assembleias de freguesia fortalecem, ainda mais, a tonalidade “laranja” no mapa cromático de Arcos de Valdevez.

 

Notas de rodapé

Diferença tangencial deu empate

A contagem dos votos apurados na freguesia de Miranda, por dois votos, atribuiu a vitória ao grupo de cidadãos ‘Todos pela Miranda’, mas o PSD reclamou para si dois votos válidos que, na contagem, “penderam” para o lado dos nulos. E a decisão do tribunal foi favorável às hostes do PSD, que aos 111 votos somaram mais dois, igualando, por isso, os 113 do movimento ‘Todos pela ‘Miranda”. Novas eleições serão realizadas, ao que tudo indica, no próximo dia 15 de outubro.

 

Por sete votos se ganha, por sete votos se perde

O PSD, com 174 votos sufragados, ganhou a União das Freguesias de Jolda (Madalena) e Rio Cabrão por uma diferença de sete votos para a segunda força mais votada, no caso o movimento ‘Unidos por Jolda Rio Cabrão’, que arrecadou 167 votos.

 

Vitórias “gordas”

Observando apenas as freguesias onde, pelo menos, houve duas listas concorrentes, as vitórias mais folgadas aconteceram em Aboim das Choças (71,62%), Aguiã (71,58%), Padreiro Salvador e Santa Cristina (67,99%), Gondoriz (63,46%) e Couto (62,26%), com o PSD a ser, invariavelmente, a força mais votada.

Força mais votada com menos assentos do que listas concorrentes

Em seis das assembleias de freguesia onde três forças políticas foram a votos, o sufrágio de 1 de outubro ditou que a lista mais votada tivesse menos assentos do que os restantes concorrentes.

O PSD ganhou em Cabreiro, Gavieira, Paçô, Soajo e Souto/Tabaçô, mas detém a minoria dos mandatos nas respetivas assembleias. Na União de S. Jorge/Ermelo, onde ganhou o movimento independente encabeçado por Horácio Cerqueira, as três forças políticas concorrentes elegeram três mandatos cada. Preveem-se, por isso, equações complicadas para formar os futuros “governos”.

 

Eleito duas vezes

António Maria Sousa (PS), reeleito presidente da Junta da União das Freguesias de Távora (Santa Maria e São Vicente), vai abdicar, por força da lei, do mandato de deputado municipal que os arcuenses lhe confiaram também, por ser considerado incompatível o exercício simultâneo das anteditas funções autárquicas. Beneficia com isso João Carlos Simões, oitavo da lista que o PS candidatou à Assembleia Municipal.

 

Concelho perdeu milhares de eleitores

Nas autárquicas de 2013, estavam inscritos nos cadernos 28 978 eleitores. Passados quatro anos, o número de inscritos baixou para 26 603, ou seja, 2375 eleitores a menos no concelho de Arcos de Valdevez.

 

Abstenção técnica “vicia” abstencionismo real

Olhando para os cadernos eleitorais, houve 46,37% de índice de abstenção no concelho de Arcos de Valdevez, menos do que a taxa de 49,11% de há quatro anos. De referir que a abstenção nacional das autárquicas de 1 de outubro foi de 45,03%.

Votaram, neste concelho, 14 267 eleitores, muito aquém dos 26 603 inscritos nos cadernos eleitorais. Mas muitos destes são “mortos-vivos”, fazendo acentuar, deste modo, a chamada abstenção técnica.

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