Editorial

Crimes de guerra, afinal, recompensam?

Putin pensa estar perante o tabuleiro de um qualquer jogo, transportado da fantasia e (sua) diversão para a realidade, enquanto tiver o presumível apoio daqueles que o rodeiam.

Não acredito que aqueles homens medalhados não vislumbrem que aquele psicopata está a pôr em risco a paz mundial, o planeta, todos nós. E agora, ainda, com o apoio tácito de um Trump, mais preocupado com o que pode tirar do solo ucraniano do que no Direito Internacional! Perante a euforia  de um ‘iluminado’ Elon Musk que agradece o lítio extraído daqueles terrenos, entre outros minerais, que é o pão para a boca tão necessário às baterias dos seus Teslas eléctricos…

Ainda acredito – até porque o desarmado povo russo parece ter perdido o medo de se manifestar na rua – que alguém no Kremlin se aperceba que nenhum líder poderá fazer-se respeitar para além das fronteiras se insistir num genocídio e que, a qualquer momento de loucura, pode carregar no botão para uma guerra nuclear em que nunca haverá vencedores, mas mais vítimas.

Putin representa o que de pior tinha a ‘Guerra Fria’ com os seus Gulags, dissidentes, partido único, tirania, prisões arbitrárias, seguindo os caminhos traçados pelos seus antecessores. Trump representa, pelo seu lado, o que de pior de pode extrapolar de um carácter loucamente doentio.

Como dizia sabiamente Gandhi «aquilo que não dizemos acumula-se no corpo, transformando-se em noites sem dormir, nós na garganta, nostalgia, dúvidas, insatisfação e tristeza. O que não dizemos, não morre… MATA-NOS».

Numa Europa que se pretende a uma só voz, busquemos no exemplo do povo ucraniano a Fé e resistência que por vezes nos escapam e tenhamos esperança que, um destes dias, de lágrimas secas, possamos voltar a sorrir…

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