Jorge VER de Melo
Professor Universitário
Lamentamos profundamente o falecimento aos 98 anos deste visionário da necessária e urgente defesa da natureza.
Político correto, respeitado por todos e democrata com provas provadas antes e depois do “25 de Abril.”
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Era Arquiteto paisagista e ecologista convicto.
O seu historial político relacionado com a monarquia, leva-o a fundar o PPM, Partido Popular Monárquico, logo após a Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974.
Participou nos Governos:
– 1º Governo Provisório de Adelino da Palma Carlos;
– Nos 2º e 3º Governos provisórios de Vasco Gonçalves;
– No 1º Governo Constitucional de Mário Soares;
– Nos 7º e 8º Governos Constitucionais de Francisco Pinto Balsemão;
– Em 1979 aderiu à coligação Aliança Democrática com Francisco Sá Carneiro pela qual foi deputado na Assembleia da República.
Criou as bases para o Plano Diretor Municipal com a fundação das Zonas Protegidas da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Nacional.
Claro que nessa época, as pessoas não estavam habituadas a ouvir falar nos problemas ecológicos e nas questões relacionadas com o ambiente o que originou muitas críticas. Chegou a ser apelidado de lunático, não só por essas razões, mas também por defender uma monarquia democrática para o nosso país.
Enquanto Deputado teve responsabilidade nas propostas da Lei de Bases do Ambiente, da Lei da Regionalização, da Lei Condicionante das Plantações de Eucaliptos, da Lei da caça e da Lei do Impacte Ambiental.
Reparem que todas estas Leis tiveram uma importância fundamental nos nossos dias.
Ele previa:
– As secas e as cheias provocadas pelos maus tratos dados ao ambiente;
– As distrações de quem governa relativamente às regiões;
– Os incêndios e as secas provocadas pelas plantações de eucaliptais;
– A deterioração na defesa dos animais em vias de extinção,
– Em suma, a necessária preocupação com todo o tipo de agressões ambientais.
Foi esta postura que o tornou superiormente respeitado.
Em 2016, o realizador de cinema João Mário Grilo, apresentou no Festival de Cinema IndieLisboa, um documentário intitulado “A Vossa Terra – paisagens de Gonçalo Ribeiro Teles.
Por tudo isso acabou por ser agraciado com variadas condecorações desde Américo Tomás a Marcelo Rebelo de Sousa:
- O grau de Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Santiago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico. Pelo então Presidente da República Américo Tomás, em 1969;
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo Presidente em 1988, Mário Soares;
- Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Também pelo Presidente em 1990, Mário Soares;
- Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em 2017.
São cidadãos como este que nos vão convencendo a acreditar nos políticos…
Não concordam?