Jorge VER de Melo
Consultor de Comunicação
Devido à minha experiência de vida, pediram-me que abordasse temas relacionados com a Educação.
Lembrei-me imediatamente da jornalista Claudia Wallin, autora do livro: “Um país sem excelências e mordomias”. Aí, ela compara o sistema educacional vigente na Suécia com o do Brasil, então, entendi que seria interessante estabelecer essa relação com Portugal.
Como todos sabemos, a evolução positiva de um país está dependente da qualidade de ensino dos seus cidadãos.
Ela explica então que na Suécia a democracia já é exercida há mais de 100 anos, por isso, este povo tem uma experiência política que inclui acontecimentos muito parecidos com os que estamos a viver de momento em Portugal e que eles foram corrigindo através da educação.
Então, desde o ensino pré-escolar é praticada uma educação que envolve os deveres e obrigações do cidadão.
Assim, foram criadas associações apolíticas de cidadãos que se preocupam em vigiar e denunciar, se necessário, a atividade política de quem foi democraticamente eleito.
Conseguem desta forma que o sistema político sueco seja baseado em três pilares fundamentais: transparência, educação e igualdade.
Por isso, os atuais políticos suecos: ganham pouco, trabalham em gabinetes com cerca de 15 metro quadrados, não têm direito a secretário, andam nos transportes coletivos, vivem em apartamentos com cerca de 25 metros quadrados, cozinham as suas refeições, lavam e passam as suas roupas e são tratados como o comum cidadão, sem direito a pensão vitalícia.
É nesse sentido que o “Minho Digital” deve desenvolver parte da sua informação, defendendo:
– O ensino como pilar da cidadania;
– A recuperação do respeito pelo professor, grande responsável por essa mudança;
– Que os deveres e direitos do cidadão sejam compreendidos e cumpridos como bem comum;
– E que a cultura distribuída pelas escolas e universidades seja a “mais-valia” que origina profissionais com carreiras respeitáveis e estáveis para quem é cumpridor e trabalhador.