Rafeiros e Companhia procura um terreno para a construção de um abrigo

A associação Rafeiros e Companhia está à procura de um terreno nas freguesias próximas da vila para a construção de um abrigo definitivo. A presidente da direção fala das dificuldades financeiras, mas também de organização. Neste momento, apoiam mais de 30 cães adultos e cachorros, divididos por quatro abrigos provisórios.

A associação surgiu há cinco anos, mas ainda hoje mantém os mesmos objetivos. Continuam a suceder-se abandonos e cães em situação de risco. “Sentíamos que em Monção já fazia falta uma associação que ajudasse os animais, porque só existia o canil de Ponte de Lima. E o canil é de abate e não consegue dar resposta a cães doentes, cadelas com bebés”, explica a presidente. Sónia Veloso constata que atualmente as situações de abandono são mais frequentes. “As razões para a criação da associação ainda se mantém e até acho que tem vindo a piorar, porque agora as pessoas sabem que existe uma associação e aproveitam isso para abandonar sem ter tanto peso na consciência”.

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Ao longo destes cinco anos de atividdae, a Associação Rafeiros e Companhia já recolheu mais de 600 animais. “São mais de 100 por ano”. Atualmente tem 30 animais dispersos por quatro abrigos provisórios.

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Compra de terreno é uma necessidade

Numa fase em que os animais abandonados não param de crescer, a associação quer adquirir um terreno. Sónia Veloso garante que já quiseram alugar ou através de cedência, mas nunca conseguiram. Agora o passo é a compra. “Estamos à procura de um terreno. O nosso maior objetivo era a compra de um terreno. Não muito longe da vila, mas também não muito próximo de casas para podermos construir, aos poucos, o nosso abrigo”, salienta.

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A distribuição dos animais por quatro abrigos obriga também à boa gestão dos voluntários. “Neste momento temos quatro abrigos e é tudo provisório e muito espalhado. Estão entre 10 a 15 quilómetros cada um. São muito espalhados e a nível de voluntariado também é mais difícil. Também por causa das condições de cada um dos abrigos. No abrigo do rosal não temos água nem luz. Depois a distância também dificulta muito, porque temos de arranjar o triplo de voluntários para conseguirmos fazer a distribuição”.

 

Freguesias de Côrtes, Mazedo, Troviscoso, Troporiz e Bela

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Por uma questão de mobilização dos voluntários, os terrenos à procura situam-se nas freguesias mais próximas da vila. Côrtes, Mazedo, Trovisco, Troporiz e Bela são as preferências. “ O terreno não pode ser muito longe da vila, mas também não muito próximo de casas para podermos construir aos poucos o nosso abrigo. Criar infra estruturas como deve ser para os nossos animais. Procuramos em Côrtes, Bela, Troviscoso, Troporiz, Mazedo”.

Caso haja alguém interessado em vender deve contactar com a Associação Rafeiros e Companhia para depois elas avaliarem se é possível a construção ou não.

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Dificuldades financeiras

Neste momento, a Associação enfrenta a dificuldade de não ter um espaço definitivo. No entanto, Sónia Veloso fala também das inúmeras despesas veterinárias. “A segunda dificuldade é a falta de dinheiro. Neste momento, temos muitas dívidas, porque o número de animais recolhidos tem vindo a aumentar. Os animais vêm em mau estado e fizemos duas cirurgias a ossos e são muito caras”, refere.

Cadelas para esterilizar, cães para castrar e cachorros para vacinar, desparasitar e colocar o chip são realidades diárias da Associação. As despesas veterinárias aumentam a cada dia.

O apoio financeiro resume-se ao concedido pelo Município de Monção, pelos sócios, amigos dos animais e voluntários. “As pessoas podem tornar-se sócias, por 20 euros por ano, podem sempre deixar donativos no café Andorinha ou através do nosso NIB (0033 0000 4542 5712 362 05). E ser voluntário que é uma grande ajuda”.

O apoio camarário é na opinião da presidente, “reduzido em comparação com as despesas”. Só no ano de 2016 tiveram de fazer duas cirurgias a duas cadelas, que tinham problemas de ossos. “Fizemos duas cirurgias a ossos a dois animais e essas intervenções muito caras”.

 

Incompreensão de algumas pessoas

O trabalho voluntário das responsáveis e das voluntárias é, por vezes, pouco reconhecido. Sónia Veloso fala de um trabalho “ingrato, porque não é reconhecido e difícil, porque mexe muito com o psicológico, porque há animais que infelizmente não podemos salvar. Também é complicada a gestão e distribuição dos animais pelos abrigos”.

 

Adoções não acontecem como gostariam

Com muitos animais recolhidos, assim como cachorros, as adoções não são muito frequentes.

No entanto, a divulgação faz-se pelos meios disponíveis e as responsáveis esperam que cada vez apareçam mais interessados em adotar animais.

Os gatos são recolhidos em menor número, porque não dispõe de um espaço para os acolher. “Gatos, temos menos, porque temos poucas condições para os recolher. Temos muita dificuldade em ter espaços para acolher os cães e os gatos”.

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