Real Confraria conta com dois brasileiros como confrades enófilos

Confrades

Adilson Júnior e Pedro Oliveira, representantes da marca PROVAM no Brasil, foram entronizados na Real Confraria do Alvarinho. Os agora confrades enófilos têm a missão de “respeitar, difundir e promover o vinho Alvarinho”.

Fotos: Jorge Marçoa


Com a presença de alguns elementos da Real Confraria, o Museu Alvarinho foi palco da cerimónia. A 9ª entronização foi exclusiva para aqueles dois elementos, que haviam chegado do Brasil naquele dia.
O grão-mestre falava que “quando há um laço e um casamento há uma relação de compromisso”. José Emílio Moreira explicava: “Vamos assinar um pacto de compromisso solene”. A mensagem foi lida em voz alta e exigia que assumissem o “compromisso de tudo fazer para engrandecer e dignificar o vinho Alvarinho”.
Augusto Domingues brindou aos novos confrades e lembrava que “vamos fazer uma candidatura [juntamente com Melgaço] para promover a casta. Há que trabalhar muita coisa para promover a fileira do Alvarinho. Queremos dar o salto e desenvolver mais”.
Após a entronização, os dois novos confrades e alguns dos presentes visitaram as instalações da PROVAM, em Barbeita. Manuel Batista, o enólogo Abel Codeço e o comercial João Marques conduziram a visita, que mostrou aos representantes da Casa Flora e da Porto a Porto [importadoras brasileiras] onde são feitos os vinhos que chegam ao Brasil.

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Durante a visita foi apresentado um vinho, que sairá para o mercado brevemente. O “Contradição” resulta de quere contrariar o “caminho comum”. O enólogo Abel Codeço referia: “Hoje caminha-se sempre para as mesmas coisas. E nós temos de começar a marcar o “terroir”, e colocar o território na garrafa”. Aquele responsável reconhece que “é um vinho que não pode sair todos os anos”.

Novos Confrades prometem “divulgar Alvarinho”
Adilson Carvalho Júnior trabalha com a PROVAM há sete anos. O importador da Casa Flor assume a “responsabilidade” de ser confrade e admite que ficará “muito mais envolvido no crescimento e no respeito ao vinho. Temos mais responsabilidade na divulgação do vinho. Temos uma responsabilidade maior para promover, no Brasil, este vinho”.
Lamentando que “os vinhos estejam a ficar muito parecidos”, Adilson Júnior valoriza o Alvarinho, que mantém “a característica do terroir e tem a marca da terra e da videira”. Admitindo que “o entendedor de vinhos procura este tipo”.

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“O nosso país tem um problema de cultura de vinhos brancos. Até pelo nosso clima nós deveríamos consumir mais vinho branco do que aquele que a gente consome, por causa de algumas matérias que falam das vantagens do vinho tinto e ainda porque chegaram ao Brasil alguns vinhos brancos que foram mal conservados e se deterioraram levando o consumidor a achar que o vinho branco não fosse bom”, salienta Adilson Júnior. Falando que o Alvarinho está a crescer no Brasil, deixa um conselho às empresas produtoras. “O Alvarinho no nosso mercado ainda é um vinho novo. Precisa ser muito mais conhecido. As pessoas têm de ter mais acesso a ele, por exemplo, através da presença de mais marcas no nosso mercado”.
Pedro Oliveira já tinha vindo a Monção. A levar até ao Brasil os vinhos da PROVAM há cerca de dez anos, aquele vendedor garante que agora “tenho a responsabilidade de respeitar, defender e difundir o vinho Alvarinho no mercado brasileiro”.
A trabalhar com a adega de Barbeita, o representante da casa Porto a Porto explica que o Alvarinho ainda é “pouco difundido no Brasil”, mas é “uma casta genuinamente ibérica. Quem prova o Alvarinho apaixona-se”.
Varanda do Conde e Portal de Fidalgo já estão no mercado brasileiro. O último “muito bem difundido no mercado gastronómico. Os principais restaurantes trabalham com o Portal do Fidalgo. A marca já é bem conhecida”.

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