Corria o ano de 1993 quando Rabin e Arafat assinaram os Acordos de Paz israelo-palestinianos.
Foi na manhã do dia 13 de Setembro de 1993 que o então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, o líder palestino Yasser Arafat e o presidente americano Bill Clinton assinavam na Casa Branca os tão esperados acordos pela paz naquela região do Médio Oriente.
Bill Clinton, havia conseguido trazer ao jardim da Casa Branca o chefe do governo de Israel, Yitzhak Rabin e seu ministro de Relações Exteriores, Shimon Peres, e o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, para assinarem documentos que sinalizariam o início do fim de décadas de conflitos.
Finalmente, haviam sido concluídas as negociações conhecidas como os Acordos de Oslo, negociados secretamente na Noruega durante vários meses entre representantes israelitas e palestinianos.
O mundo foi surpreendido e aqueles que suspiravam pelo fim do conflito rejubilaram com a notícia do consenso.
As hesitações dos israelitas ficaram patentes quando Clinton teve de unir as mãos dos dois lideres cumprindo-se assim o gesto simbólico do acordo.
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E Rabin reconheceu: “Esta assinatura não é fácil para mim. Nem para mim mesmo, como soldado na guerra de Israel, nem para o povo israelita, ou o povo judeu na diáspora, que agora nos observam num misto de esperança e cepticismo”.
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Em Novembro de 2004 morre Yasser Arafat
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O líder palestiniano foi envenenado até a morte em 2004 com polónio rádio activo, confirmou a sua viúva, Suha, após ter recebido os relatórios de testes feitos na Suíça com o cadáver de seu marido.
“Ficou cientificamente comprovado que ele não morreu de morte natural, e nós temos a prova científica de que este homem foi assassinado.”, afirmou Suah.
Na oportunidade, o governo israelita negou qualquer participação na morte do carismático líder palestiniano.
Ficou então a pairar a dúvida sobre a autoria do assassinato, que, segundo
alguns analistas políticos, poderia dever-se a sectores palestinianos mais radicais, a quem não interessava o acordo firmado. E foi isso que viria a acontecer. A negação prática do que havia sido concebido em Oslo e confirmado em Washington passou a letra morta.
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PUBA maldição da terra que conheceu os passos de Jesus
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Dezassete anos volvidos, é triste constatar que o conflito volta a conhecer desenvolvimentos novos e sempre mais violentos, depois de mais uma fase de aparente acalmia. Aliás, estas fases têm-se repetido sem fim à vista, o que leva a pensar que este desafortunado estado de coisas entre dois povos vizinhos mais parece fruto de uma maldição. Sê-lo-á realmente?
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Daqui nasceu um poema que termina com este verso:
Mas estes chãos são de infertilidade!
Sim, porque não podem haver chãos férteis onde qualquer esperança
de paz ali plantada está condenada a não medrar.
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Maio de 2021
Recrudesce a violência no Médio Oriente
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Após o lançamento de centenas de roquetes sobre Tel Aviv, Israel retalia com intensos bombardeamentos aéreos em Gaza.
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Na faixa de Gaza, o conflito Israelo-Arábe agrava-se de novo, causando elevado número de vítimas. Entretanto, os grupos islâmicos confirmam a morte de comandantes e ameaça com uma nova intifada.
Chãos de Guerra
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Não há altares que valham, que se bastem
Nem d’Alah as bandeiras esfarrapadas
Que o sangue é rubro e corre plas estradas
Não há perdão que as orações resgatem.
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Que céus são esses que a fumaça esconde,
Que estrondos colossais, que vil fragor,
Ofendem tanto a terra do Senhor
Que procura o amor, sem saber onde?
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Ódios à solta por trás dos canhões
Homens de negro, raivas sem idade
Chãos semeados só de humilhações.
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Pasma-se o mundo de incredulidade
Esgrimem-se vozes, gritam-se razões
Mas estes chãos são de infertilidade!
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A raiva é a minha carne; alimento-me de mim mesmo.
E por isso morrerei à fome a comer.
( William Shakespeare )