Lamentavelmente, por vezes presenciamos acontecimentos onde sobressai uma profunda crise moral com largos prejuízos para a credibilidade política.
Assiste-se à subversão de valores éticos e, ao mesmo tempo, a uma indigente indiferença enquanto representantes de quem neles votaram. Surgem agentes dos desvios que levam a situações danosas. Perde-se a credibilidade política e fica-se sequestrado por troca de favores, promessas, e-mails, simples telefonemas.
A crise de confiança numa solução exige união. Mas, muitas vezes, ao invés, acumulam-se puxões de tapete, relatos sobre diálogos ríspidos e acusações de falta de lealdade – lealdade esta por quem a exige como fidelidade canina …
O que se destaca nisso tudo é a deterioração política ao mais baixo nível, em troca da política de sobrevivência. O ódio, a oposição cega e doentia, a disputa onde vale tudo, a intriga, não raras vezes mais visíveis dentro do próprio partido que com os outros, os tais que são tidos como adversários de outros quadrantes ideológicos.
Assiste-se ao lado sombrio da política onde se submeteu tudo a si.
Decisões não amadurecidas e tomadas em 10 minutos num corredor ruidoso por onde ‘espiam’ os outrora amigos transformados em alvos a abater, a ingenuidade política, a falta de decoro, a ausência de referências perdidas em 2 ou 3 horas, o desperdício e a irracionalidade a crescer sabe-se lá do quê, o alimentar no limite de uma marcha atrás que a todos surpreende, o crescimento insano do que a partidocracia tem de pior e mais obscuro, o protagonismo primitivo dos retrógrados aspirantes a boys e girls – tudo isso a todos convoca num exercício de reflexão e cidadania.
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O populismo, o ‘porreirismo’, o sorriso fácil para ‘maquilhar’ a imagem que alimenta o culto do ego, muitas vezes alicerçam-se estapafurdiamente quando lhes ‘cheira’ a audiências, ao glamour de uma selfie ao lado do líder.
Criam ‘in vitro’ o mito, o figurão ou figurona muitas vezes local, outras vezes importados de concelhos ou regiões e depois não têm como se livrarem deles …